Criar uma Loja Virtual Grátis
Linfedema 2
Linfedema 2

Erisipela

A erisipela é uma causa frequente de urgência dermatológica e pode ser sede de complicações.

A erisipela ou dermo hipodermite bacteriana aguda é uma infecção frequente da pele que é motivo frequente de ida a serviços de Urgência e representa mais de 20 por cento dos internamentos em serviços de Dermatologia no nosso país. Por vezes não é logo identificada ou é medicada com fármacos pouco eficazes, sendo sede de complicações ou de morbilidade por atraso no início da medicação correcta.

Causas da Erisipela
É causada pelo Streptococcus beta-hemolítico do grupo A. Este coco G+ não penetra a pele normal pelo que aproveita uma ferida traumática, úlcera de perna ou micose interdigital para atingir a derme e hipoderme. Não é necessário um grande inóculo, pois as suas exotoxinas são responsáveis pelo aparato do quadro clínico. Este surge de forma rápida (1-2 dias) e cursa com febre muito alta (39-40ºC), arrepios, náuseas, mal-estar geral de início concomitante ou precedendo o aparecimento de uma placa vermelha edematosa e muito dolorosa da pele.

Esta placa vermelha estende-se em poucas horas, com limite relativamente bem marcado, com edema pouco despressível e, no membro inferior, ocupa habitualmente toda a circular da perna. Acompanha-se de adenopatias dolorosas, por vezes com lesões lineares de linfangite entre a lesão primária e a adenopatia. Raramente surgem bolhas tensas de conteúdo citrino ou no decurso da sua evolução podem formar-se abcessos que necessitam de drenagem (figura 1). São lesões unilaterais e as localizações mais frequentes são o membro inferior, tendo como porta de entrada uma fissura interdigital do pé de atleta ou, mais raramente, uma úlcera de perna; a face, com ponto de partida em lesão do canal auditivo externo, sulco retroauricular ou mucosa nasal; e, mais raramente, o membro superior, em especial em doentes mastectomizadas por neoplasia da mama e com linfedema crónico do membro. Outros factores favorecedores são a obesidade e a diabetes e o linfedema crónico da insuficiência venosa.

Do ponto de vista laboratorial, é típico, na fase aguda, a leucocitose com neutrofilia e a elevação da PCR para valores 25 a 50 vezes superiores ao limite superior do normal. É importante efectuar o diagnóstico diferencial com várias patologias. No membro inferior, são frequentemente confundidas com tromboflebites, habitualmente localizadas à face posterior da perna, ou com a paniculite da insuficiência venosa crónica ou lipodermatoesclerose, que corresponde a uma placa esclerótica do 1/3 distal da perna muitas vezes circular, que provoca uma espécie de “garrote” desta área com dilatação da parte mais superior da perna, fazendo com que o conjunto pareça uma garrafa de champanhe invertida.

Esta patologia crónica e de difícil resolução sofre surtos de inflamação dolorosos, mas sem aumento significativo dos marcadores da inflamação. Nos membros inferiores, sempre que as placas inflamatórias são bilaterais, devemos pensar em edemas da insuficiência cardíaca ou hepática descompensada: estes são mais depressíveis e indolores, por vezes podem ter carácter inflamatório e bolhas de conteúdo citrino, mas instalam-se mais lentamente, sem febre ou adenopatias e sem marcadores serológicos de inflamação aguda. Na face (rosto), a erisipela, numa fase inicial, pode confundir-se com um surto de angioedema ou com um herpes zoster com lesões mais confluentes. Nestas situações, nem a febre nem os marcadores de inflamação estão presentes.

Tratamento da Erisipela
Se não for um quadro exuberante e não houver factores de risco, o tratamento poderá ser realizado em ambulatório com antibióticos orais como a flucloxacilina (1gr de 6 em 6 horas), amoxicilina/ácido clavulânico (1g de 12 horas), uma cefalosporina (cefradina ou cefaclor, …), a clindamicina (300 mg de 6 em 6 horas) ou um macrólido. As fluorquinolonas, à excepção da levofloxacina, não são eficazes no tratamento de infecções por estreptococos, mas inexplicavelmente os doentes chegam muitas vezes medicados com uma ciprofloxacina.
Em alguns casos, pode ser necessário associar antibióticos de dois grupos ou recorrer a injectáveis, como a penicilina G, cefalosporina ou imipeneno. Não está definitivamente provado, mas a utilização de anti-inflamatórios não esteróides inibidores da cicloxigenase pode agravar o quadro clínico e facilitar a evolução para abcessos ou para uma forma mais grave desta infecção, a fasceíte necrosante.

A fasceíte necrosante é também provocada por estreptococos vulgarmente designados “flesh-eating bacteria” ou bactérias “carnívoras”. É uma infecção aguda que atinge a hipoderme mais profundamente e, por isso, na fase inicial tem menos sinais objectivos locais e parece menos aparatosa. O eritema é menos marcado, mas a breve prazo surgem áreas violáceas ou brancas avasculares correspondentes a necrose cutânea (figura 2). A infecção envolve a fascia perimuscular e leva à destruição do músculo subjacente, podendo evoluir para um estado de choque séptico fatal, se não houver intervenção cirúrgica imediata para libertar o músculo. Os tecidos necrosados da pele e do músculo são foco ideal de crescimento bacteriano e a parca irrigação não permite acesso ao antibiótico. No estudo analítico de urgência, além dos marcadores de inflamação, é típica a citólise muscular com valores muito elevados de creatinina-fosfocinase.

As erisipelas tratadas tardiamente ou de repetição devido à manutenção dos factores favorecedores provocam dano linfático com linfedema crónico, um factor favorecedor de nova erisipela. Nestes doentes é adequado reduzir os surtos com administração mensal ou a cada três semanas de 2 400 000 unidades de penicilina benzatinica i. m.
 
 

Carcinoma

 
Os carcinomas são tumores malignos compostos de células epiteliais modificadas, indicando que a origem desses tumores seja epitelial. O termo também abrange as neoplasias de origem celular desconhecida, mas que apresentam certas características moleculares, celulares e histológicas que são típicas de células epiteliais, como a produção de citoqueratina, filamentos intermediários ou estrutura específica como estratificação e pseudo-estratificação.


O carcinoma in situ (CIS) é um carcinoma restrito ao epitélio que ainda não invadiu a membrana basal do epitélio. Trata-se de um câncer pré-invasivo, que ocorre quando as alterações displásicas envolvem toda a espessura do epitélio. É, na verdade, um processo patológico, que pode inclusive evoluir para um carcinoma invasivo. Quando esse carcinoma cresce demasiadamente, as células displásicas rompem a membrana
basal e deixam de ser chamadas CIS, tratando-se de carcinomas invasivos de fato. Múltiplas mutações que ocorrem nessas células quando ainda são in situ (carcinoma in situ), confere-lhes um caráter maligno (invasão e metástase). Ele pode ser tratado por remoção cirúrgica total por meio de ressecção, crioterapia ou tratamento com laser. É possível que ele retroceda sob certas condições.
 
 
[Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/]
 
Epitélio cervical normal. Epitélio estratificado pavimentoso.
 
 
[Imagem adaptada de Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/]
 
Carcinoma in situ do colo uterino. Alterações displásicas se extendem por toda a camada epitelial. Presença de atipias nucleares e figuras de mitose. Padrão celular pleomórfico, com desorganização da arquitetura em camadas e perda da estratificação, conforme ressaltado no retângulo. Círculo indica comprometimento glandular, caracterizando extensão glandular do carcinoma in situ. No entanto, não há invasão da membrana basal (asterisco).
 
 

 
 
 
 [Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/]
Maior aumento de carcinoma ins situ do colo uterino, evidenciando intensa atividade mitótica.
 
 

Adenocarcinoma

 


Trata-se de uma neoplasia epitelial que se origina em tecidos glandulares. Ainda que não se tenha iniciado em uma glândula, o tumor recebe essa classificação desde que se diferencie em células com propriedades
excretórias. Tumores de glândulas endócrinas geralmente são referidos como  tumores neuroendócrinos, ao invés de adenocarcinomas.
 
 
 [Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/]
 
 
  [Imagem adaptada de Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/]
Destaque do adenocarcinoma de pulmão. Neoplasia com padrão glandular e células com bastante pleomorfismo, conforme indicado nos círculos. Observa-se basofilia e atipias nucleares, indicativo de padrão proliferativo desorganizado.
 
 
 [Ciências Morfológicas http://cienciasmorfologicas.blogspot.com/
Tecido pulmonar normal, com arquitetura preservada. Observam-se bem menos células e o padrão glandular não revalece.  a: Bronquíolo Terminal; b: Bronquíolo Respiratório; c: Ducto Alveolar; d: Saco alveolar; e: Alvéolo.
 
 
Carcinoma ductal de mama
 
 
O carcinoma ductal de mama apresenta um aspecto bastante infiltrativo. O aspecto macroscópico mostra área clara bastante enrijecida (seta) devido à reação desmosplástica produzida pela neoplasia, com crescimento de tecido fibroso.
 
 
Aspecto histológoco de mama normal.
 
 
Aspecto histológico do carcinoma ductal de mama. Células pleomórficas com aspecto glandular (seta preta); abundante produção de colágeno (seta vermelha) advinda da desmoplasia.
 
 
Aspecto infiltrativo do adenocarcinoma de mama. Calcificação distrófica destacada.
 
 
 
 
 
 
 
 

Carcinoma papilífero da tireóide

 
O carcinoma papilífero de tireóide corresponde a 80% dos cânceres de tireóide, se desenvolve nas células foliculares e tem crescimento lento.
 
As células tendem a dispor-se ao longo de eixos conjuntivo-vasculares ramificados, formando papilas. As células costumam ser cubóides ou colunares baixas, uniformes e bem diferenciadas.  Atualmente, a arquitetura papilífera não é mais considerada o critério decisivo para o diagnóstico deste tipo de tumor, dando-se maior importância às características nucleares. O tumor mais comum de tireóide é o papilífero. O tratamento está bem estabelecido com boas perspectivas de controle desse câncer. 
 
 
 [Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/]
 
Arquitetura papilífera em carcinoma de tireóide.
 
 
  [Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/]
 
Carcinoma papilífero em maior aumento.
 
 
 [Imagem: Ciências Morfológicas http://cienciasmorfologicas.blogspot.com/]
 
Tireóide normal. Círculo tracejado: Folículo; seta: Células foliculares
 
 
 

Melanoma

 
Representa 5% dos tipos de câncerda pele, sendo o mais grave. O melanoma origina-se nos melanócitos, células localizadas na epiderme, responsáveis pela produção de melanina. A maior parte é originária da pele, embora alguns possam ter ocorrer no globo ocular, derivados de melanócitos presentes na coróide.
 
 
 
 
 [Imagens: Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/]
 
 

Carcinoma epidermóide

 
Os carcinomas epidermóides podem originar-se de epitélio escamoso ou de outros tipos de epitélio que tenham sofrido metaplasia para epitélio escamoso, como ocorre, por exemplo, com o epitélio cilíndrico ciliado (mucosa brônquica) ou epitélio simples mucoso (endocérvice). 
 
O carcinoma epidermóide brônquico se caracteriza pela substituição do epitélio pseudo-estratificado ciliado por um epitélio escamoso. Uma metaplasia escamosa atípica, originária de um estímulo nocivo externo como o ato de fumar, pode gerar uma displasia, que se converterá num câncer.
 
 
 [Imagem: Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/
 
  [Imagem: Anatpat - Unicamp http://anatpat.unicamp.br/
 
Distinção entre o epitélio brônquico normal, com epitélio pseudoestratificado ciliado; do epitélio neoplásico estratificado escamoso(infiltrando a submucosa).
 
 
 

sábado, 4 de junho de 2011

Sarcomas

 
O sarcoma é um câncer que se desenvolve a partir da transformação de células de origem mesenquimal. Desse modo, os sarcomas englobam tumores de osso, cartilagem, gordura, músculo, vasculares e hematopoiéticos. Eles seguem uma graduação de intensidade dividida em baixa, intermediária e alta, levando em conta certas características celulares e subcelulares. Os Sarcomas de baixa gradação são, em geral, tratados cirurgicamente, embora se utilize rádio ou quimioterapia. Sarcomas de intermediária e alta gradações são tratados com combinação de cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia.
 
Histologicamente, pode apresentar um padrão celular bastante pleomórfico, com células variando em tamanho e forma, assim como seus núcleos, que geralmente se apresentam aumentados. Esse pleomorfismo está diretamente relacionado com o grau de indiferenciação que a célula atinge, sendo um indicador da evolução do tumor. 
 
 
 
 
Sarcoma com padrão celular bastante pleomórfico, constatado pela variedade de tamanhos das células destacadas no retângulo. Nos círculos, células com núcleos bastante aumentados e hipercromáticos, indicativo de grande atividade mitótica, própria das neoplasias malignas.
 
 
 

Linfangiossarcoma

 

É um câncer raro que ocorre em casos de longa data de linfedema primário ou secundário. O sarcoma aparece, primeiramente como uma marca de arranhão, com um nódulo macio em sua extremidade, evoluindo para uma necrose extensiva, que abrange tanto a pele como o tecido subcutâneo.
 
 
 [Imagem: www.scielo.com.br]
 
 

Angiossarcoma

 
 
O angiossarcoma é uma neoplasia maligna de células endoteliais que revestem as paredes de vasos. Quando relacionado a vasos sanguíneos, é um  hemangiossarcoma; quando se trata de vasos linfáticos, fala-se em linfangiossarcoma.
 
Por sua origem típica, é bastante propenso a causar metástases em órgãos distantes, sobretudo os viscerais. Hemangiossarcomas freqüentes são os de fígado e de coração.
 
 
 
Os angiossarcomas primários de coração localizam-se em átrio direito em 93% dos casos, com invasão precoce de cavas, valva tricúspide ou pericárdio.
 
 
 
Aspecto histológico de hemangiossarcoma de átrio direito. Presença de anastomoses vasculares; padrão bastante proliferativo e bastante atipia das células vasculares, conforme mostram os padrões celulares observados no círculo vermelho. Setas mostram o endotélio igualmente pleomórfico.
 
 
 
 

Condrossarcoma

 
O condrossarcoma é um tumor maligno produtor de cartilagem. Aproximadamente 25% dos cânceres do sistema esquelético são condrossarcomas. 
 
 
Condrossarcoma. Presença de tecido cartilaginoso em excesso margeando o osso (setas); células muito proliferadas e com aspecto desorganizado reforçam as características de neoplasia.


 
 
 
As radiografias são o melhor método diagnóstico do condrossarcoma. A presença de calcificação ou massa em partes moles é indicativo de condrossarcoma.
 
 
 
 

Osteossarcoma

 
 
O osteossarcoma é uma neoplasia maligna que surge a partir de células de origem mesenquimal e exibem diferenciação osteoblástica, produzindo osteóide de forma indevida.  Esse osteóide é capaz de se propagar para outros órgãos, sobretudo os pulmões. 
 
 
 
Grande massa no fêmur causada por osteossarcoma.
 
 
 [Imagem adaptada de WebPath - http://library.med.utah.edu/WebPath/webpath.html]
 
Osteossarcoma. Presença de osteóide (*) e o grande pleomorfismo celular e nuclear, conforme indicam os núcleos circulados sugerem padrão de diferenciação compatível com essa neoplasia.
 
 
 
Tecido ósseo normal. matriz óssea (cC ou *) VS:vaso sanguíneo, cC:cartilagem calcificada, Ot:osteoblasto, Oc:osteócito. Padrão celular mais homogêneo e com menos células.
 
 
 

Lipossarcoma

 
O lipossarcoma é uma neoplasia maligna de tecido adiposo, originada principalmente em tecidos moles profundos. Sítios comuns são o retroperitônio e a coxa. Acontecem mais freqüentemente em adultos de meia idade e mais velhos. O tratamento geralmente é cirúrgico.
 
 
 
Lipossarcoma de grande volume.


 
 
 
Lipossarcoma relativamente indiferenciado. Permite, no entanto,  a identificação da célula de origem (lipoblasto). Os círculos revelam núcleos pleomórficos e bastante aumentados, indicando padrão de malignidade neoplásica.

 
 
 
 
 
Tecido adiposo normal, com padrão celular mais homogêneo e núcleos menores que os dos adipócitos neoplásicos.
 
 
 

Fibrossarcomas

 
 


Fibrossarcomas são tumores derivados de tecido conjuntivo fibroso, geralmente caracterizados por fibroblastos em proliferação ou células fusiformes anaplásicas. Na imagem acima, destaca-se uma grande massa fibrosa maligna (seta) localizada na perna (tíbia e fíbula identificados com asterisco e ponto, respectivamente), com limites pouco definidos em relação ao tecido sadio. 
 
 
 
[Imagem adaptada de WebPath: http://library.med.utah.edu/WebPath/webpath.html]


Sarcoma, provavelmente um fibrossarcoma  identificado pelo método himunohistoquímico de coloração por vimetina. As células neoplásicas, identificadas por seu padrão pleomórfico, invadem o tecido muscular (seta), representado pelas fibras rosadas e identificadas por asterisco.


 
 [Imagem adaptada de http://tumorosseo.com.br/classificacao/Fibrossarcoma]
 
Fibrossarcoma em H&E, com acentuada presença de tecido conjuntivo interposto (seta) entre as fibras musculares (asterisco).
 


 
 [Imagem adaptada de http://cienciasmorfologicas.blogspot.com/search/label/Tecido%20Muscular]
 
 
Tecido muscular normal. Fibras em corte transversal (a) e longitudinal (b) com bem menos tecido conjuntivo interposto.


 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Invasão, metástase e angiogênsese da matriz extracelular.

 
Quando se instaura um processo maligno, onde ocorreu alterações em todos as camadas do epitélio, dependo do perfil e das características do tumor, este pode romper a membrana basal, invadir a matiz extracelular e se disseminar para outros tecidos.
 
  O primeiro passo para que o tumor invada a matriz extracelular, é a diminuição da expressão de E caderinas (A), responsáveis pela união das células, levando assim a um afrouxamento das mesma e as deslocando. As células tumorais começam a expressar componentes na sua membrana, as integrinas, que permite que as células interajam com os componentes da matriz.
 
  Após esta interação as células malignas começam a secretar colagenases tipo IV, que degradam os componentes da matriz extracelular, desestruturando e permitindo assim a invasão das células, esta invasão é mediada por fatores de mobilidade autócrinos.
 
(Robbins & Contran 2005) 
Uma vez na circulação sanguínea, as células do tumor, migram ate o novo local de implantação do tumor, essa escolha para nova inserção no tecido é mediado pela expressão de  receptores específicos nos tecidos, CSCR4 e CCR7, pelo microambiente do tecido, se este favorável ocorre a implantação, como também o perfil de quimiocinas específicas  e seus receptores, permitindo assim que cada tipo de tumor tenha um tropismo em relação ao tecido.
Uma vez no local de implantação, o tumor adere ao endotélio, esta adesão mediada por CD44, integrina . Após a adesão as células penetram na membrana endotelial  e se inserem no tecido. O passo seguinte dessa cascata é a angiogênese tumoral, para que o tecido supra as necessidades do tumor em termos de oxigenação.
 O organismo desenvolve reposta imunológica ao desenvolvimento e migração das células tumorais. Essa   resposta é mediada por linfócitos T citotóxicos (LTc), que com ajuda da células NK secretam IFNγ, que ativam macrófagos para liberação de mais citocinas. Os Linfócitos T citotóxicos agem destruindo a célula tumoral pela via perforina-granzima. Outros mecanismos efetores caracterizam-se  pela ação das células NK contra as células malignas subreguladoras de MHC I e a síntese de anticorpos que ativam o sistema complemento para que ocorra a lise das células transformadas.
Todos esses mecanismos efetores, não se mostram muito eficientes pois as células tumorais desenvolvem mecanismos de evasão da resposta imune, como por exemplo: desenvolvimento preferencial das células com menor potencial de antigenicidade; ausência da expressão do co-estimulo, necessário para ativar os LTCs;  glicocalix contendo ácido sialíco ocorrendo o mascaramento de antígenos e receptores e a expressão de ligante de Fas que induz a apoptose dos LTC.
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Metástase

 
As metástases são implantes tumorais separados do tumor primário em um outro sítio anatômico. A metástase caracteriza uma neoplasia como sendo maligna porque as neoplasias benignas não metastatizam, uma vez que, nas neoplasias malignas são formadas células com fenótipo altamente maligno (auto-suficiência dos sinais de crescimento; insensibilidade aos sinais inibidores do crescimento; evasão a apoptose; defeitos no reparo do DNA e potencial infinito de replicação). A disseminação metastática reduz fortemente a possibilidade de cura.
 
A disseminação dos tumores pode ocorrer através de uma das três vias: implante direto nas cavidades corporais ou nas superfícies (característico de carcinomas); disseminação linfática (carcinomas e sarcomas); e disseminação hematogênica (típica dos sarcomas).
 
 
 
Metástase pulmonar (Melanoma de pele) – Neoplasia bem delimitada e parcialmente pigmentada. Via de disseminação hematogênica.
 
 
 
 
Pulmão normal
 
 
 
 
Pele Normal
 
 
 
 
 
Melanoma da pele
 
Fontes:
Imagens: Anatpat – Unicamp
Texto: Robbins e Cotran: Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2005.
 
 

Cascata metastática

 
Para que as células tumorais se soltem de uma massa primária, penetrem nos vasos sanguíneos ou linfáticos e produzam um segundo crescimento tumoral num local à distância, elas devem seguir uma série de etapas.

 
Imagem e Texto: Robbins e Cotran: Patologia: Bases Patológicas das Doenças, 2005.
 

           
Votação
O que você acha desse site? Dê sua nota
9|95|blue
Ver Resultados

Rating: 2.9/5 (3188 votos)




ONLINE
1





Partilhe esta Página