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LINGUAGEM CORPORAL
LINGUAGEM CORPORAL

Pesquisas realizadas nas últimas décadas mostraram que, quando você está falando, apenas 7% da mensagem está sendo transmitida para os outros através das palavras. Outros 38% estão relacionados à entonação do que é dito. 

Um bom exemplo da importância da entonação está no treinamento de cães de guarda: eles não interpretam a gramática das frases, mas o seu tom de voz. Um comando de conteúdo imperativo, emitido em um timbre de voz baixou ou trêmulo, transparece insegurança e dificilmente será obedecido. Porém, se emitido em tom mais alto e firme, transmite o sentimento adequado de liderança e resulta na ação esperada. O mesmo principio pode ser aplicado às crianças em casa e em salas de aula cheias de adolescentes.

Bom, mas 7% de um, somados a 38% de outro, são iguais a 45%. Onde se meteram os outros 55% do que você queria dizer? Fácil: eles estão espalhados pelo seu corpo todo. É a famigerada Linguagem Corporal.

 


A Linguagem Corporal é um instrumento de comunicação tão antigo e bem sucedido que se incrustou em nossos genes: crianças que nasceram cegas sorriem, ainda que elas jamais tenham visto um sorriso para reconhecer seu significado. Somos todos geneticamente programados para emitir e interpretar esta comunicação silenciosa. E dominar seus sinais pode fazer toda a diferença.

 
As estatísticas mostram que pessoas que sabem como controlar voluntariamente o tom de voz e a linguagem corporal são consideradas mais atraentes que aquelas que deixam tudo por conta do instinto. Isso ocorre porque a primeira impressão que os outros fazem de você não começa no momento em que você começa a falar. Esta impressão começou a ser construída muito antes, a partir da sua postura, padrão respiratório, aparência e movimentos.

 

 
Não existe um conselho universal sobre como utilizar a linguagem corporal, mas algumas recomendações básicas devem ser conhecidas. Procure estar sempre ciente do que seu corpo está dizendo enquanto você se senta, anda, permanece em pé ou gesticula.

 

 
Uma boa dica é vencer a timidez e praticar um pouco na frente do espelho. Eu sei, parece tolice, mas quem estará olhando afinal de contas? O espelho lhe dará uma boa idéia de como analisar a linguagem corporal dos outros e o que seu corpo pode estar dizendo enquanto você permanece em silêncio.

 

 
Observe seus amigos, artistas, políticos, e qualquer pessoa que você considere possuir uma boa linguagem corporal. Estude como estas pessoas agem e copie um ou outro padrão de linguagem. É provável que você exagere no começo e pareça artificial, mas a prática leva à perfeição – se você não começar um dia, então quando? 

 

 
Para facilitar seu treinamento, eu selecionei algumas situações rotineiras onde você pode empregar o conhecimento da Linguagem Corporal a seu favor. Veja só:

 

 
INSPIRANDO CONFIANÇA

 

Para transmitir uma imagem de confiança (p.ex.: durante uma reunião de trabalho), mantenha braços e pernas descruzados, e relaxe os ombros. Se estiver sentado, procure uma posição relaxada e confortável, mas não escorregue pela cadeira até o fundo da mesa.

 


Nada de ficar contemplando o chão ou a tampa da sua esferográfica: faça contato visual com as pessoas. Olhe seus interlocutores nos olhos. Se possível, vire um pouco seu corpo, incline-se na direção da pessoa e balance a cabeça discretamente, de modo afirmativo. Isso irá mostrar que você está prestando total atenção ao que está sendo dito. Quando for sua vez de falar, seja firme porém mantenha a calma. 


E cuidado com alguns sinais que podem detonar sua imagem. Tocar seu rosto significa irritabilidade, nervosismo ou indecisão. Dedos tamborilando denotam distração, falta de sintonia com o grupo ou com as idéias outro. Braços cruzados sobre o peito podem indicar defesa, tédio ou reprovação.

 
DETECTANDO MENTIRAS

 

Obviamente, o simples fato de alguém exibir alguns dos comportamentos descritos a seguir não significa que está mentido descaradamente. Estes padrões devem ser comparados com o jeito de ser da pessoa e jamais considerados de modo isolado. Certo até aqui? Então vamos lá:

 

 
De um modo geral, o primeiro sinal emitido pelo mentiroso é a falta de contato visual – nada de “olhos nos olhos”. Se você observar melhor, verá que antes de responder às suas perguntas, o mentiroso desvia o olhar para a sua esquerda. Isso significa o uso de áreas do cérebro envolvidas com imaginação – ele está “criando” uma lembrança, ao invés de relatar o que realmente aconteceu e está guardado em sua memória. O olhar desviado para a sua direita significa a ativação de áreas cerebrais responsáveis pela memória, e tende a significar que ele está relatando uma lembrança verídica.

 

 
Ao contar uma mentira, movimentamos pouco os braços e pernas. Os movimentos são pouco expansivos, evitando chamar ainda mais a atenção. Toques sutis no nariz e na região atrás das orelhas são comuns, assim como colocar inconscientemente objetos (p.ex.: um livro, uma xícara de café) entre você e a outra pessoa.

 


Os mentirosos costumam repetir o que você disse quando respondem algo. Por exemplo, ao perguntar ao seu filho “você já fez o dever de casa?”, ao mentir ele tende a responder “Já, mãe, eu já fiz o dever de casa”. Uma resposta mais honesta consistiria em um simples “Já”.

 
Finalmente, pessoas culpadas costumam agir na defensiva, enquanto que os inocentes quase sempre assumem um comportamento agressivo quando acusados. Um modo prático de verificar este comportamento consiste em mudar repentinamente de assunto. O mentiroso irá seguir a mudança, agradecido e relaxado por se ver livre a saia justa. O inocente acusado insistirá no tópico anterior, buscando esclarecer e mostrar sua ausência de culpa.

 

 
Autor: Dr. Alessandro Loiola médico, palestrante e escritoentes.

Gestos que falam
 
A linguagem corporal se refere a todas as nossas expressões a través dos movimentos, posturas ou gestos que se façam com as diferentes partes do corpo. 
 

A ciência que estuda a linguagem corporal é conhecida como: Kinésica ou Quinésica e o que ela faz é estudar o significado expressivo ou comunicativo dos gestos e movimentos corporais percebidos pelos sentidos visual, auditivo ou táctil, de acordo com a situação.
 
A linguagem corporal vem sendo estudada por muito tempo e, de acordo com a opinião de profissionais em psicologia e sociologia, detecta diferentes sentimentos e expressões que não se comunicam com palavras, mas sim com o comportamento físico.
 
Quando você conversa com uma pessoa, você deve saber que você não está falando só com a boca dela, mas também com o seu corpo..

A comunicação é uma parte essencial em todos os aspectos da vida diária e é um requisito fundamental para o sucesso nas relações de casal.

Muitos dos fracassos a nível sentimental ou social se devem, em muitas ocasiões à pouca capacidade de expressão. 

Saber se comunicar de forma correta e eficiente é básico para evitar erros de interpretação e conseguir expressar a mensagem desejada corretamente para que a pessoa escutando entenda a intenção que você deseja comunicar.

Melhorar a comunicação é o primeiro passo para alcançar grandes conquistas.


Para isto temos que entender que, além das palavras, estão os gestos que as acompanham.

A linguagem não verbal é, inclusive, mais importante do que o que dizemos com os lábios, pois estes gestos e posturas são os que entregam (ou não) sentimento e validade às nossas expressões verbais..

Por exemplo: Se você quer que o seu par saiba que você gosta dele(a), não basta com um “Te amo”. Essas palavras têm que estar acompanhadas, pelo menos, de contato visual, porque se você olha pro chão, pro teto ou pra qualquer outra coisa, você não está dizendo nada.
 
É necessária uma comunicação eficiente para obter a resposta desejada de quem nos escuta..

A Postura Corporal
A postura que o nosso corpo adquire quando falamos com outra pessoa tem mais significado do que podemos imaginar..

A postura que tomamos pode facilitar o caminho para conquistar alguém, melhorar a nossa qualidade de expressão ou entender de maneira mais clara a quem nos acompanha. 

Dentro da linguagem corporal falamos de posturas abertas ou fechadas. As primeiras são aquelas posturas onde não há barreiras como os braços ou as pernas entre um interlocutor e outros. Pelo outro lado, estão as posturas fechadas onde, por exemplo, se usam os braços cruzados para isolar ou proteger o corpo (de forma inconsciente na maioria dos casos).

Além do mais, é importante que a gente considere as posições ideais para falar de acordo ao caso, por exemplo:.

Em situações competitivas: frente a frente
Para ajudar ou cooperar: Ao lado
Para conversar: Em ângulo reto

Postura da cabeça


Movimentos de lado a lado: negação.
Movimentos para cima e para baixo: consentimento.
Para cima: neutral ou examinador.
Inclinada lateralmente: interesse
Inclinada para baixo: desaprovação, atitude negativa.

Postura dos braços
Cruzado standard: postura defensiva, também pode significar insegurança.
Cruzados mantendo os punhos fechados: sinal de defesa e hostilidade.
Cruzar os braços segurando os braços: sinal de restrição.
P.S.: Modelos nunca cruzam os braços. Ficam com eles para trás do corpo ou ao lado da cintura.

Postura das pernas


Cruzado standard: atitude defensiva.
Cruzado em 4 (“tipo índio americano”): concorrência, discussão.
Cruzado estando em pé: desconforto, tensão.
Cruzar os calcanhares: dissimular uma atitude negativa.

Considerações importantes a considerar com a linguagem corporal:


Se você se inclina demais na direção da outra pessoa, você vai terminar invadindo seu espaço pessoal. Isto não deve ser feito quando ainda não existe muita confiança, pois você pode parecer agressivo demais.


Os braços cruzados são um sinal. Manter os braços cruzados é um sinal de afastamento e significa que a pessoa não quer se aproximar, que não sente confiança ou que não está muito bem. 


Uma postura recolhida significa tédio. 

Manter uma posição relaxada com braços e pernas ligeiramente abertas demonstra autoconfiança e segurança. 


Se aproximar demais ou um corpo rígido pode demonstrar agressividade. 


Se mostrar com uma postura erguida é a melhor coisa a fazer quando você quer demonstrar segurança, valor e importância no que você está fazendo. 


Mãos na cintura: desafio, agressividade. 


Polegares na cintura ou bolsos: virilidade.


Indicar com o dedo: desafio. 

Os Gestos
Os gestos são amplamente utilizados dentro da linguagem corporal. O ser humano passa o dia inteiro fazendo gestos com todas as partes do seu corpo. São tantos, que até passam despercebidos..

Os gestos expressam uma variedade de sensações e pensamentos, desde desprezo e hostilidade até aprovação e afeto..

Os gestos sempre são muito próprios de quem os efetua, mas a seguir te apresentamos alguns que dizem grandes coisas. E você, sem dúvida, tem que adotá-los quando sentir que as palavras não são suficientes ou para interpretar melhor as mensagens que inconscientemente envia a sua companhia…:.


Exibir as palmas: verdade, honestidade, lealdade.


Esfregar as palmas: expectativa positiva.


Esfregar o polegar contra o índice: interesse pelo dinheiro.


Manter os dedos entrelaçados indica frustração, a pesar de que também é usado para dissimular uma atitude negativa.


Segurar as mãos atrás das costas: superioridade, autoridade, segurança, quando nesta posição seguramos os punhos ou os braços significa autocontrole.


Mãos atrás da cabeça: atitude dominante, de superioridade. 


Apoiar a cabeça na mão é um sinal típico de tédio. Muito cuidado!


Acariciar o queixo significa que você está decidindo alguma coisa, acariciar a nuca: raiva ou frustração.


Dar um tapinha na testa ou na nuca é sinal de que você esqueceu alguma coisa.


O Olhar
O olhar tem uma importância enorme. O significado do olhar dentro da linguagem corporal é uma das coisas mais estudadas e, por conseqüência, um dos mais conhecidos popularmente.
 
Damos muita importância ao olhar porque ele cumpre várias funções, entre elas:.

É uma fonte de informação por si só. Já ouviu falar que o olhar acusa? Bom, é completamente verdade!

Expressa emoções.

É o encarregado de dar o significado ou natureza da situação na que estamos.
 
O quê nos dizem os nossos olhos?

Quando as pupilas se dilatam é indicativo de interesse e atração. Quando o que está na nossa frente é interessante, as suas pupilas crescem!

Contração de pupilas: mentira, raiva.

Piscar muito é sinal de nervosismo e inquietude. Quanto menos piscamos, maior o estado de tranqüilidade.
 
O contato ocular pode dizer muito. Não só demonstra confiança e controle, mas também em relação à quantidade de vezes que olhamos a outra pessoa e mantemos o contato, demonstra interesse, atenção e relevância, além de entregar um significado mais profundo a tudo o que dizemos.
 
Olhar de relance: sedução, interesse, curiosidade. 

Saber interpretar a linguagem corporal é útil para conhecer melhor as intenções e sentimentos de quem está falando com a gente..

O Sorriso


O sorriso se utiliza geralmente para expressar felicidade, alegria, simpatia ou para dissimular hipocritamente uma situação desconfortável.


Existem muitos tipos de sorrisos e cada um tem um significado especial que depende do que a pessoa sinta em seu interior..

Você sabe a verdade por trás de um sorriso?


Um sorriso ligeiro, desses que a gente quase nem nota, expressa insegurança, dúvida e falta de confiança.

Um sorriso simples, mas intenso, ou seja, quando não há uma gargalhada mas os cantos dos lábios levantam muito e podemos observar os dentes de cima, entrega a sensação de confiança. Em geral, significa que a pessoa está achando o momento agradável.

O sorriso superior transmite uma mensagem de satisfação ao ver alguém ou ao receber alguma coisa. Este é o sorriso onde todos os dentes ficam descobertos.

Este último sorriso pode ser mais intenso quando, além do mais, fechamos os olhos. Expressa felicidade, diversão. A pesar disto, também costuma ser utilizado para enganar quando alguém está dissimulando a verdade. É por isso que temos que prestar atenção, e analisar a situação na qual estamos.

Um sorriso amplio denota muita alegria e prazer e se acompanha de um olhar estreito.

Um sorriso com gargalhada incluída é contagioso. Costuma acontecer entre grupos de pessoas ou quando o par está realmente se divertindo.

O caráter segundo a linguagem corporal
Existem sinais que, de acordo aos estudos da kinésica, mostram características próprias de comportamentos característicos em indivíduos..

Agressividade


Tende a fechar os punhos fortemente
O corpo se mantém rígido
Aponta com o dedo
Contato visual prolongado
Se aproxima demais da outra pessoa

Manipulação


Gestos exagerados
Tom de voz muito doce
Excesso e abuso de contatos físicos com a outra pessoa (Ex: mão no ombro)
Sobre-atua seus movimentos

Submissão 

Tampar a boca ou parcialmente a cara
Imitar o tom de voz ou estado de ânimo da outra pessoa
Pouco contato visual
Riso nervoso
Consente constantemente

Auto-confiança


Postura erguida, mas relaxada.
Contato visual direto, mas com pequenas retiradas.
Gestos calmos.
Tem os braços e pernas com uma postura ligeiramente aberta
Mantêm una distância apropriada

Aprender a ler o corpo nos ajuda a compreender melhor as pessoas que estão à nossa volta, além de melhorar a nossa comunicação.


Cada vez que acompanhamos as nossas palavras com algum gesto, um olhar ou um sorriso especial, estamos dizendo os nossos verdadeiros pensamentos e sentimentos..

Saber sobre linguagem corporal nos ajudará a melhorar um encontro com alguém que nos atrai, a descobrir de forma dissimulada o que ele ou ela pensa, e a mostrar os nossos desejos com mais intensidade. 


Como homens e mulheres usam a linguagem corporal para flertar
por Alison Kim Perry - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Introdução a Como homens e mulheres usam a linguagem corporal para flertar

Vamos voltar no tempo por um minuto. Você se lembra de como era fácil perceber quando alguém estava interessado em você? Quando você tinha cerca de 10 anos de idade, muito provavelmente você recebia bilhetes passados por baixo da carteira com os seguintes dizeres: “Você gosta de mim? Eu gosto de você. Marque – sim, não ou talvez. Você sorria e marcava o “sim”. É verdade... aqueles eram tempos onde tudo era mais simples.

 

flertar
© istockphoto.com /Sofocles


Mas, à medida que vamos ficando mais velhos, as paqueras e flertes vão ficando mais complicadas. Ninguém mais passa um bilhetinho dizendo  "eu quero namorar com você”. Mas não se preocupe. Há outras maneiras de deixar clara as suas intenções ou saber se alguém está te paquerando. E usar a linguagem corporal é a maneira mais comum de fazer isso. 

É claro que a linguagem corporal não é o único modo usado para alguém flertar. Confira o que dizem as estatísticas quando o assunto é o flerte:

- 55% das pessoas usam a linguagem corporal para flertar
- 38% usam o tom e a velocidade da voz
- 7% flertam através das palavras
[fonte: SIRC]

Mas o que essas estatísticas nos dizem é que a maioria das melhores paqueras é realizada através da linguagem corporal e não através da comunicação verbal. É claro que há diferenças entre a maneira com que os homens e as mulheres usam o corpo para flertar. E como já diz o velho ditado “as damas primeiro” – então, vamos começar pelas mulheres.
 
 
 

Como as mulheres usam a linguagem corporal para flertar

 

 

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© istockphoto.com /Beckyrockwood
Mulheres cruzam e descruzam as pernas ao flertar
A persuasão feminina existe desde o início dos tempos. Basta perguntar ao Adão. As meninas pequenas aprendem cedo a como atrair a atenção dos meninos fazendo coisas como mexer no rabo de cavalo ou deixar os livros da escolacaírem. Por isso não é surpresa alguma o fato de que uma mulher adulta saiba usar muito bem os sinais corporais para fazer com que um homem saiba que ela está interessada nele. Palavras não precisam ser ditas quando uma mulher identifica o objeto de sua afeição.  Ela só usa o que ela já tem para obter aquilo – ou aquele – que ela quer.

 

Aqui vão alguns exemplos de como as mulheres manifestam o seu interessem em quem bateram os olhos:

- elas lançam um olhar sedutor e inconfundível ao “objeto de seu interesse";
- elas deixam seus dedos “falarem” ao circundar a borda de sua taça de vinho, girar uma caneta, massagear seu próprio pescoço ou ombros, ou tocar de leve a mão do homem em questão;
- balançar os cabelos jogando-os de um lado para o outro é uma arma poderosa das mulheres quando o assunto é a paquera. A mulher irá mexer nos cabelos, colocá-los atrás das orelhas, brincar com algumas mechas ou fazer caracóis nos mesmos;
- os lábios são ferramentas que não são desperdiçadas pelas mulheres mais experientes. O uso de um batom vermelho ou gloss nos lábios pode ser algo bastante sedutor;
- cruzar e descruzar as pernas (com calcinhas, por favor) é algo que definitivamente atrai a atenção de um homem. A atriz Sharon Stone deu uma verdadeira aula a esse respeito no filme “Instinto Selvagem”;
- usar um sapato alto e sentar em um bar e tamborilar os dedos faz com que o homem perceba que a mulher não está com pressa de ir a qualquer lugar e que seu interesse está ali;
- e é claro que nada bate um sorriso bonito. Se uma mulher sorri bastante para você, as chances são enormes de que você seja o alvo do interesse dela.

O sexo frágil não é o único que tem habilidades para flertar de forma não verbal. Os homens também sabem como mostrar quando estão a fim de uma mulher. Vamos dar uma olhada em algumas das formas como os homens usam o próprio corpo para flertar.

 

Como homens e mulheres usam a linguagem corporal para flertar
por Alison Kim Perry - traduzido por HowStuffWorks Brasil

 

 
 

Como os homens usam a linguagem corporal para flertar

Homens são “caçadores” e adoram a emoção de ir em busca de suas presas. É por isso que os bares e boates estão sempre cheios de homens – para eles, isso tudo é quase como um parque de diversões. 

 

flertar
© istockphoto.com /NadyaPhoto
Homens inventam qualquer desculpa para tocar na sua amada enquanto estão flertando

 

Parte da caça inclui o envio de um sinal para que ela saiba que ele está a fim dela. Por exemplo, um homem pode preferir ficar em pé para parecer mais alto. Ele pode até mesmo colocar suas mãos no próprio quadril para aparentar ser o maior dos “machos” entre seu grupo de amigos. Ele usará seu físico para atrair a atenção da mulher. O homem que está paquerando irá dar aquela arrumada no cabelo, arrumar o punho ou a gola da camisa, ou até mesmo dar uma conferida no espelho para se certificar de que não tem nada preso no meio dos dentes. Além disso, os homens também usam os seguintes artifícios para flertar:

- levantam levemente a sobrancelha para a mulher;
- esbarram “acidentalmente” na mulher ao caminho do banheiro ou do bar;
- homens gostam de relaxar quando estão longe do escritório; então quando eles endireitam ou arrumam a gravata é um sinal de que estão prontos para passar um bom tempo – com ela;
- homens quando estão paquerando costumam aproximar a cadeira ou o próprio corpo para perto da “amada” para realmente ouvir a conversa;
- um sorriso maroto é outra pista de que ele está flertando;
-  os homens encontrarão qualquer velha desculpa para tocar nos braços da mulher, suas costas, joelhos, ombros ou qualquer outra parte do seu corpo. E se ele fizer isso bem feito, é suficiente para que a mulher sinta “aquele” arrepio.

Enquanto homens e mulheres usam diferentes formas para atrair o sexo oposto, algumas vezes a imitação é maneira que dá mais resultado ao paquerar. Dê uma olhada na próxima página.

Como homens e mulheres usam a linguagem corporal para flertar
por Alison Kim Perry - traduzido por HowStuffWorks Brasil

 

 
 

Linguagem corporal de espelhamento

Você está sentado no sofá na festa do seu primo e está conversando com a mulher por quem se interessou assim que chegou. Durante a conversa, você cruza as pernas. Poucos segundos depois, ela faz o mesmo. Ela então se recosta no sofá para ficar mais confortável. Você a segue (mas não imediatamente). Enquanto a conversa segue de maneira bastante envolvente, você se inclina e pega sua taça de champanhe para dar um gole. Ela espera um pouco – e faz o mesmo.

Esses simples gestos deixam vocês dois mais relaxados e mais íntimos. Por que esse forma de “imitar” o outro funciona tão bem? Estudos mostram que as chances de haver uma maior ligação entre estranhos aumentam muito em se tratando de mímica “uma sincronia inconsciente de palavras e gestos que cria uma relação de boa vontade entre duas pessoas” [fonte: Carey].

 

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© istockphoto.com /Princessdlaf
Casais chegam a pedir a mesma bebida

Nós normalmente simpatizamos com as pessoas que sutilmente imitam nossos gestos. Marqueteiros e vendedores usam essa mesma técnica para atingir o público e fazer com que adquiram seus produtos. Aqueles que flertam usam isso (conscientes ou não) para aumentar as chances de que a outra pessoa venha a gostar deles. Um casal pode ainda imitar os movimentos um do outro em uma pista de dança, ou simplesmente pedir o mesmo drink ou aperitivo. 
 

Fazendo contato com os olhos ao flertar


 

Você sabia?
Você sabia que o globo ocular de um aduto tem apenas 24,2 milímetros de comprimento e pesa 7,5 gramas? Com todos esses “olhares”, no final de uma noite de festa é muito provável que seus olhos estejam tão cansados quanto seus pés.

 

Então, qual é a ferramenta número 1 que tanto os homens como as mulheres usam para flertar? A resposta é provavelmente bastante óbvia para a maioria de nós. Revistas, jornais, sites e blogs de namoro – todos concordam que é o contato com os olhos. Esse é uma dos modos mais diretos de dizer a alguém que você está interessado.

Há diferentes formas de flertar com os olhos, então siga nossas dicas. Se uma pessoa olha para você do outro lado da sala e olha para o lado quando você retorna o olhar várias vezes, as chances são grandes de que ela esteja interessada em você. Na verdade, um homem sente-se mais encorajado para se aproximar de uma mulher quando ela já fez contato com os olhos com ele antes [fonte: Kelly].

 

flertar
© istockphoto.com /G_studio
Flertar com os olhos é bastante direto

Outro tipo de contato com os olhos é aquele longo olhar que sinaliza romance ou desejo sexual. Se você sente que alguém está olhando fixo para você, provavelmente esse alguém esteja te paquerando. Uma maneira diferente de flertar com os olhos é fixar o olhar nos olhos da pessoa por alguns segundos e depois olhar para cima, para baixo ou para alguma outra parte do corpo da pessoa e depois voltar a olhar nos olhos dela. Esse tipo de paquera é mais sexual do que casual. Apenas tenha certeza de que você está pronto para o que possa vir a acontecer depois.

Aqui vai um conselho: tenha cuidado com a abordagem direta através do contato com os olhos. Ela é tão direta que é preciso que vocês dois estejam na mesma sintonia. Se alguém que você gosta olha para os lados ou para de fazer contato visual com você, as chances são grandes de que essa pessoa não esteja interessada, então é melhor não seguir adiante. Além disso, olhar constantemente nos olhos de uma pessoa em um ambiente não social pode significar algo mais amedrontador.

 

Mas para aqueles que saem “à caça” em um sábado a noite, fazer contato com os olhos não é apenas aceitável – é recomendável. E... quem sabe, isso tudo pode ser apenas o início de uma noite inesquecível.

Como funciona o amor
por Lee Obringer - traduzido por HowStuffWorks Brasil

 

 
 

Introdução

 
  amor  
Se você já se apaixonou alguma vez, provavelmente chegou a pensar em classificar esse sentimento como um vício. E adivinhe só: você estava certo. Os cientistas estão descobrindo que o mesmo processo químico que ocorre nos viciados, ocorre quando nos apaixonamos por alguém.

O amor é um estado mental químico que faz parte de nossos genes e é influenciado pela nossa criação. Somos loucos por romance, em parte porque temos que ser pais amorosos que cuidam com muito carinho de nossos bebês desprotegidos.

Neste artigo, descobriremos o que é realmente o amor e o que acontece em nossos corpos que faz com que nos apaixonemos - e mantém-nos apaixonados. Também descobriremos o que nos faz sentir atração por alguém. É por causa dos feromônios, ou a pessoa simplesmente se encaixa no nosso “modelo de amor”?



O que é amor?


Imagem cedida por Morgue File
O amor romântico nos estimula e motiva. Ele também é essencial para a continuidade de nossa espécie. Sem os laços do amor romântico, viveríamos em uma sociedade completamente diferente, que lembraria uma sociedade primitiva, dos animais (mas não todos). As substâncias químicas que percorrem nosso cérebro quando estamos apaixonados têm várias finalidades, mas seu objetivo primordial é a continuação de nossa espécie. São estas substâncias que nos fazem querer formar famílias e ter filhos. Depois que temos filhos, estas substâncias mudam para nos encorajar a permanecermos juntos e criar as crianças. De certa forma, o amor é apenas um vício químico que existe para que continuemos nos reproduzindo.

Independentemente do país ou da cultura, o amor romântico é muito importante. As maneiras de mostrá-lo variam muito de acordo com a cultura, mas ninguém discute a existência do amor.

Mas vamos logo ao que interessa. O que faz com que nos apaixonemos por alguém? Continue lendo este artigo.

O que faz com que nos apaixonemos?

Todos temos um modelo de parceiro ideal escondido em algum lugar de nosso subconsciente. É esse modelo de amor que vai decidir qual pessoa, em uma multidão, vai chamar nossa atenção. Mas como se forma esse modelo?

Aparência
Muitos pesquisadores defendem que temos tendência a procurar parceiros do sexo oposto parecidos com nossos pais. Alguns acreditam até que somos atraídos por pessoas parecidas conosco. De fato, o psicólogo cognitivo David Perrett, da Universidade de St. Andrews, na Escócia, realizou uma experiência onde manipulava fotos do rosto de cada indivíduo, transformando-o em um rosto do sexo oposto. Então, ele pediu para que o indivíduo selecionasse, em uma série de fotos, qual achava mais atraente. Segundo o Dr. Perrett, as pessoas que participaram da experiência sempre preferiam a versão manipulada de seu próprio rosto e não reconheciam-na como sua.

Personalidade
Assim como acontece em relação à aparência, tendemos a preferir aqueles que lembram nossos pais ou outras pessoas próximas de nós durante a infância, por causa da personalidade, senso de humor, gostos etc.

Feromônios
A questão dos feromônios humanos ainda é importante no campo da pesquisa do amor. A palavra “feromônio” vem das palavras gregas phéro ehormôn, que juntas significam "trazer excitação".

No mundo animal, os feromônios são “marcas” olfativas individuais encontradas na urina e no suor, que ditam o regulamento sexual e atraem o sexo oposto. Eles ajudam os animais a identificarem-se e escolher um parceiro com sistema imunológico suficientemente diferente do seu para garantir que a descendência seja resistente. Os animais têm um órgão especial no nariz chamado órgão vomeronasal (em inglês) ou OVN, que detecta esse elemento químico inodoro.

A existência dos feromônios humanos foi descoberta em 1986 pelos cientistas do Chemical Senses Center, na Filadélfia, assim como sua contraparte na França. Eles encontraram essa substância no suor humano. Um OVN humano também foi encontrado em algumas pessoas, mas não em todas. Mesmo que o OVN não esteja presente em todos nós, ou que não esteja funcionando naqueles que o têm, há evidências de que o cheiro é um aspecto importante para o amor. Repare na grande variedade de perfumes vendidos nas lojas. Foi realizada uma experiência onde um grupo de mulheres cheirou as camisetas sujas de um grupo de homens, e cada uma teve que escolher por qual delas se sentia mais “atraída”. Assim como no mundo dos animais, a maioria das fêmeas escolheu a camiseta do homem cujo sistema imunológico era mais diferente do seu.

 

 

Olhando nos olhos

 

Professor Arthur Aron, da Universidade do Estado de Nova York, em Stonybrook, estudou o que acontece quando as pessoas se apaixonam e descobriu que olhar nos olhos da outra pessoa tem um grande impacto.

Em uma experiência, o Professor Aron colocou desconhecidos de sexos opostos juntos por 90 minutos e pediu que eles conversassem sobre detalhes íntimos. Ele então pediu que eles olhassem nos olhos uns dos outros por 4 minutos, sem falar. Os resultados? Muitos participantes sentiram atração por seus parceiros após a experiência, e dois acabaram se casando 6 meses depois.

 

Afrodisíacos

De acordo com a FDA, Food and Drug Administration (em inglês), os afrodisíacos são baseados em "folclore, não em fatos". Ainda assim, as pessoas continuam acreditando nos efeitos incentivadores de algunsalimentos, ervas e extratos. Há vários afrodisíacos, e eles podem ou não afetar sua vida amorosa. O Discovery Health (em inglês) listou algumas dessas substâncias:
  • aspargo: acredita-se que a vitamina E do vegetal estimule os hormônios sexuais;
  • pimenta vermelha: pesquisadores afirmam que comer pimenta vermelha faz com que liberemos endorfinas, que podem levar a "outras coisas";
  • chocolate: este alimento, que faz muito sucesso no Dia dos Namorados, contém feniletilamina, um dos elementos químicos que nosso corpo produz naturalmente quando estamos apaixonados (veja a química do amor).
  • ostras: as ostras contêm altos níveis de zinco, que aumentam a produção de testosterona. A testosterona aumenta a libido em ambos os sexos.
Outros afrodisíacos são o Ginco, a Cantárida  e a Damiana (fitoterápico utilizado como digestivo, energizante e diurético).

Supõe-se que estas substâncias servem mais para aumentar o desejo sexual ou melhorar a habilidade sexual masculina do que para atrair um parceiro. Mas se você está estimulando hormônios que aumentam o interesse sexual, é mais provável que conheça alguém e se apaixone. E mesmo que estes afrodisíacos não funcionem, algumas pessoas dizem que se você pensarque eles vão funcionar, já é meio caminho andado.

Tipos/fases do amor: desejo e atração


2002 FOX BROADCASTING
Ryan e Marissa em "The O.C.": feromônios ou dopamina?

Há 3 tipos ou fases diferentes de "amor":

  1. desejo ou paixão erótica;
  2. atração ou paixão romântica;
  3. união ou compromisso.

Quando estas 3 fases ocorrem com a mesma pessoa, vocês têm uma ligação muito forte. Algumas vezes a pessoa que desejamos não é aquela por quem realmente estamos apaixonados.

Desejo
Quando somos adolescentes, logo após a puberdade, o estrogênio e a testosterona ficam ativos em nossos corpos pela primeira vez e criam o desejo de experimentar o "amor". Esse desejo, também conhecido como luxúria, é muito importante não apenas na puberdade, mas durante toda a vida. De acordo com um artigo de Lisa Diamond, chamado "Amor e Desejo Sexual" (Current Directions in Psychological Science, vol. 13, nº 3), o desejo e o amor romântico são coisas diferentes, causadas por fundamentos diferentes. O desejo desenvolveu-se com o propósito da união sexual, enquanto o amor romântico desenvolveu-se pela necessidade de laços para a criação dos filhos. Então, ainda que tenhamos desejo sexual por nossos parceiros românticos, há vezes em que não temos, e não há problema nenhum nisso. Ou, talvez, tenhamos desejo por nosso parceiro e por outras pessoas. Segundo a Dra. Diamond, isso é normal.

O sexólogo John Money estabeleceu o limite entre amor e desejo: "O amor existe acima da cintura, o desejo, abaixo. O amor é lírico. O desejo é obsceno."

Feromônios, aparência e nossa própria idéia do que buscamos em um parceiro também são fatores importantes para definir nossos desejos. Sem desejo, talvez nunca encontremos aquela pessoa especial. Mas, se por um lado, é o desejo que nos faz "procurar", é a nossa necessidade de romance que nos leva à atração.

Atração
Os sentimentos iniciais podem vir ou não do desejo, mas o que acontece se o relacionamento progredir é a atração. Quando a atração ou a paixão romântica entra em cena, é comum perdermos nossa capacidade de pensar racionalmente, pelo menos no que diz respeito à pessoa pela qual estamos atraídos. O velho ditado "o amor é cego" aplica-se a este estágio. Fazemos vista grossa a todos os defeitos dos nossos parceiros. Nós os idealizamos e não conseguimos tirá-los da cabeça. Essa devastadora preocupação e impulsividade fazem parte da nossa biologia. Vamos entender mais sobre os elementos químicos envolvidos na atração em A química do amor.

Nesse estágio, os parceiros passam muitas horas se conhecendo. Se a atração continuar forte, eles geralmente entram no terceiro estágio: a união.

 

Tipos/fases do amor: união


Foto cedida por Morgue File

A fase da união ou compromisso é o amor que dura. Vocês já passaram da fase do amor fantasioso e estão entrando no amor real. Esta fase do amor tem que ser muito forte para suportar uma série de desafios eproblemas. Estudos da pesquisadora Ellen Berscheid e seus colegas da Universidade de Minnesota mostram que quanto maisidealizamos a pessoa amada, mais forte é o relacionamento durante o estágio da união.

Psicólogos da Universidade do Texas, em Austin, também chegaram a essa conclusão. Eles descobriram que a idealização existe para manter as pessoas juntas e felizes em seus casamentos. "Geralmente a pessoa enxerga o parceiro através de um filtro, tornando-a melhor do que realmente é", diz Ted Hudson, que coordenou o estudo. "Pessoas que fazem isso tendem a permanecer em relacionamentos por mais tempo do que as que não fazem ou não conseguem fazer o mesmo".

As substâncias importantes nesta fase são a oxitocinavasopressina eendorfina, que são liberadas quando fazemos sexo (falaremos sobre isso mais tarde).

Vamos conhecer um pouco sobre a química do amor.

A química do amor

Existem várias substâncias químicas correndo em seu sangue e em seu cérebro quando você está apaixonado. Os pesquisadores estão descobrindo, aos poucos, o papel que esses elementos exercem quando nos apaixonamos e quando estamos em relações mais duradouras. É claro que oestrogênio e a testosterona agem na questão sexual (veja Como funciona o sexo). Sem eles, nunca poderíamos nos aventurar no mundo do "amor verdadeiro".

A tontura inicial que surge quando estamos nos apaixonando inclui um aceleramento do coração, rubor na pele e umidade nas mãos. Os pesquisadores afirmam que isso ocorre por causa da dopamina, norepinefrina e feniletilamina que eliminamos. A dopamina é considerada o "elemento químico do prazer", que produz a sensação de felicidade. Anorepinefrina é semelhante à adrenalina e causa a aceleração do coração e a excitação. De acordo com Helen Fisher, antropóloga e pesquisadora do amor da Universidade Rutgers, estes dois elementos juntos causam elevação, energia intensa, falta de sono, paixão, perda de apetite e foco único. Ela também afirma que "O corpo humano lança o coquetel do êxtase do amor apenas quando encontramos certas condições e... os homens produzem esse coquetel com mais facilidade, por causa de sua natureza mais visual".

 

 

Os pesquisadores estão usando exames de ressonância magnética para analisar o cérebro das pessoas enquanto elas observam a fotografia de quem amam. Segundo Helen Fisher, famosa antropóloga e pesquisadora da Universidade Rutgers, o que eles vêem nessas imagens durante a fase "não-penso-em-outra-coisa" do amor - a fase da atração - é o direcionamento biológico de focar em uma única pessoa. As imagens mostraram um aumento no fluxo de sangue nas áreas do cérebro com altas concentrações de receptores de dopamina, substância associada aos estágios de euforia, paixão e vício. Os altos níveis de dopamina também estão associados à norepinefrina, que aumenta a atenção, memória de curto prazo, hiperatividade, falta de sono e comportamento orientado. Em outras palavras, casais nessa fase se concentram muito no relacionamento e deixam de lado todo o resto.

Outra possível explicação para o foco intenso e a idealização que ocorrem na fase da atração vem dos pesquisadores do University College, em Londres. Eles descobriram que as pessoas apaixonadas têm níveis mais baixos de serotonina e os circuitos nervosos associados à avaliação dos outros são reprimidos. Esses níveis mais baixos de serotonina são os mesmos encontrados em pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo, o que pode ser a explicação da obsessão que os apaixonados têm por seus parceiros.

 

União química

Viciados no amor
Algumas pessoas podem ser viciadas no "barato" do amor. Elas precisam da sensação da dopamina, norepinefrina e feniletilamina, tão parecida com a sensação gerada pelas anfetaminas. Como o corpo adquire uma certa tolerância a essas substâncias, é necessário cada vez mais para dar o "barato". Essas pessoas pulam de relação em relação, sempre em busca de mais. 

No amor romântico, quando duas pessoas fazem sexo, a oxitocina é liberada, o que ajuda a unir os parceiros. Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, o hormônio oxitocina está "associado à habilidade de manter relacionamentos interpessoais e laços psicológicos saudáveis com outros indivíduos". Quando é eliminada durante o orgasmo, ela começa a criar um laço emocional: quanto mais sexo, mais forte o laço. A oxitocina também está ligada aos laços afetivos entre mãe e filho, nas contrações uterinas durante o parto e na "descida" do leite para amamentação.

Vasopressina, um hormônio antidiurético, é outra substância associada à formação de relacionamentos duradouros e monogâmicos (veja "Estamos sozinhos no amor?). A Dra. Fisher acredita que a oxitocina e a vasopressina interferem nas reações químicas da dopamina e norepinefrina, o que pode explicar por que o amor romântico se apaga quando o relacionamento se fortalece.

Endorfinas, os analgésicos naturais, também são importantes nos relacionamentos duradouros. Elas produzem uma sensação de bem-estar, incluindo um sentimento de calma, paz e segurança. Assim como a dopamina e a norepinefrina, as endorfinas são eliminadas durante o sexo; elas também são liberadas durante o contato físico, exercícios físicos e outras atividades. De acordo com Michel Odent, do Primal Health Research Center, de Londres, as endorfinas induzem a uma "dependência semelhante à das drogas".

Felizes para sempre?


2002 FOX BROADCASTING
Homer e Marge Simpson permanecem juntos semana após semana

E quando aquele sentimento de euforia vai embora? Segundo Ted Huston, da Universidade do Texas, a velocidade em que a paquera evolui geralmente determina o sucesso do relacionamento. O que eles descobriram é que quanto mais longo otempo de paquera, mais forte será o relacionamento.

Os sentimentos de amor apaixonado acabam enfraquecendo com o passar do tempo. Estudos mostram que o amor apaixonado perde a força rapidamente e praticamente desaparece depois de 2 ou 3 anos. As substâncias responsáveis pelo sentimento de amor (adrenalina, dopamina, norepinefrina, feniletilamina, etc.) definham. De repente, seu parceiro começa a ter defeitos. Você fica se perguntando por que ele mudou. Na verdade, ele provavelmente não mudou nada; é você que agora consegue enxergá-lo racionalmente, sem o filtro dos hormônios do amor cego e apaixonado. Nessa fase, ou a relação é forte o suficiente para durar, ou termina.

Se o relacionamento prossegue, outros elementos químicos entram em cena. As endorfinas, por exemplo, ainda garantem a sensação de bem-estar e segurança. Além disso, a oxitocina ainda é eliminada quando você faz sexo, produzindo sentimentos de satisfação e união. A vasopressina também continua a agir.

 

Estamos sozinhos no amor?


Imagem cedida por USGS
Arganaz-das-pradarias

Apenas 3% dos mamíferos, além da espécie humana, formam relacionamentos "familiares". O arganaz-das-pradarias é um desses animais. Este arganaz se une pela vida toda e prefere passar o tempocom seu parceiro ao invés de encontrar outros arganazes. Alguns chegam ao extremo de evitar arganazes do sexo oposto.

Quando eles têm uma ninhada, o casal trabalha junto para cuidar dos filhotes. Eles passam horas cuidando um do outro ou apenas juntos. Já foram realizados estudos para tentar determinar a diferença química que pode explicar por que o arganaz-das-pradarias forma essa relação monogâmica e vitalícia, enquanto seu parente próximo, o arganaz-das-montanhas, não.

Segundo estudos de Larry Young, pesquisador de relacionamentos sociais da Universidade Emory, o que acontece é que, quando o arganaz-das-pradarias escolhe um parceiro, assim como os humanos, elimina os hormônios oxitocina e vasopressina. Como o arganaz-das-pradarias tem os receptores necessários para esses hormônios localizados no cérebro, na região da recompensa e reforço, ele forma uma união com seu parceiro. Essa união acontece com determinado arganaz com base no cheiro, que é mais ou menos como uma impressão digital. Aumentando ainda mais o reforço, entra a dopamina, que é lançada no centro de recompensa do cérebro quando os parceiros fazem sexo, fazendo com que a experiência seja agradável e eles queiram repetí-la. E graças à oxitocina e à vasopressina, eles querem fazer sexo com aquele mesmo arganaz.

Como o arganaz-das-montanhas não tem os receptores para a oxitocina e vasopressina em seu cérebro, estas substâncias não têm efeito nenhum, e eles continuam trocando de parceiro a cada noite. Fora esses receptores, as duas espécies de arganaz são quase iguais.

Para mais informações sobre amor, namoro e assuntos relacionados, acesse os links da próxima página.

Como funciona o beijo
por Tracy V. Wilson - traduzido por HowStuffWorks Brasil

 

 
 

Introdução

 
  beijo  
Se você parar para pensar, o beijo é meio nojento. Ele envolve saliva e membranas mucosas podendo conter até mesmo resíduos de alimentos. Especialistas estimam que centenas ou até mesmo milhões de bactérias são transportadas de uma boca para outra durante um beijo. Os médicos também já vinculam o beijo à disseminação de doenças como meningite, herpes e mononucleose.

Ainda assim, antropólogos afirmam que 90% das pessoas no mundo beijam. A maioria das pessoas fica ansiosa pelo seu primeiro beijo romântico e lembra-se dele para o resto de sua vida. Os pais beijam seus filhos, devotos beijam artefatos religiosos e casais beijam-se. Há pessoas que beijam até o chão quando saem de um avião.

Uma famosa fotografia captura um beijo de comemoração
Foto cedida U.S. National Archives and Records Administration
Essa famosa fotografia captura um beijo comemorando
o final da Segunda Guerra Mundial, na Times Square, em Nova Iorque

Então, como pode um gesto significar afeto, celebração, luto, conforto e respeito em todo o mundo?


Ninguém sabe ao certo, mas antropólogos acreditam que o beijo pode ter se originado do fato das mães alimentarem seus bebês da mesma maneira que os pássaros: elas mastigariam o alimento e o passariam para a boca de seu bebê. Após os bebês aprenderem como ingerir alimentos sólidos, suas mães talvez os beijassem para confortá-los ou demonstrar afeto. O beijo é um comportamento que se aprende, passando de geração para geração. Nós o fazemos porque aprendemos com nossos pais e com a sociedade a nossa volta. No entanto, há curiosidades nessa teoria. As mulheres, em algumas culturas indígenas modernas, alimentam seus bebês passando o alimento mastigado de sua boca para a de seu filho. Mas em algumas dessas culturas, ninguém havia beijado até os ocidentais introduzirem a prática.

 

 

Um beijo entre uma mãe e seu bebê
Foto cedida por Jan Roger Johannesen/Stock.xchng
Pesquisas sugerem que mães beijam seus bebês devido à maneira que mães da pré-história alimentavam suas crianças

 

Já outros pesquisadores acreditam que o beijo é instintivo. Eles tomam comoexemplo o bonobo (espécie de macaco), que é relativamente próximo aos humanos, para fundamentar essa idéia. Os bonobos se beijam freqüentemente. Independentemente do sexo ou status em seu grupo social, se beijam para reduzir a tensão após as disputas, para se acalmarem, para desenvolver vínculos sociais e, às vezes, por nenhuma razão específica. Alguns pesquisadores acreditam que os beijos dos primatas provam que o desejo de beijar é instintivo.

 

 

Tigres lambendo os focinhos uns dos outros
Cortesia de Tom Jude/Stock.xchng
Muitas espécies de animais exibem comportamentos semelhantes ao beijo

 

Várias outras espécies animais têm comportamentos que se assemelham ao beijo. Muitos mamíferos lambem a face um do outro, pássaros tocam o bico um do outro e as lesmas tocam as antenas umas das outras. Em alguns casos, os animais estão cuidando um do outro e não se beijando. Em outros, eles estão farejando glândulas odoríferas localizadas na face ou na boca. De qualquer forma, quando animais se tocam dessa maneira, normalmente estão mostrando sinais de confiança e afeto ou desenvolvendo vínculos sociais.

 

Estilos de beijo, no Brasil

O Brasil é um país constituído por várias regiões. Nessas regiões há uma diversidade cultural muito grande e interessante. Uma delas é a maneira de beijar ao cumprimentar alguém.

Em algumas dessas regiões, as pessoas se cumprimentam dando 3 beijinhos no rosto; em outras 2 beijinhos e em outras, apenas 1. O complicado é quando pessoas de regiões diferentes se encontram! Provoca uma confusão!

 

 

Os cientistas não concordam totalmente quanto ao fato do beijo ser aprendido ou ser instintivo. Há suporte para estes dois argumentos. Assim como há suporte para as teorias que defendem o porquê de as pessoas terem iniciado a prática do beijo.

Os efeitos do beijo 

 

Que cheiro incrível você descobriu!

Pessoas em algumas culturas friccionam o nariz ou as bochechas um no outro em vez de se beijarem. Antropólogos afirmam que esse "beijo de esquimó" surgiu do fato das pessoas cheirarem o rosto uma das outras da mesma forma que os animais o fazem.

 

Embora os pesquisadores não tenham certeza de como ou por que as pessoas começaram a se beijar, eles sabem que o beijo romântico afeta profundamente a maioria das pessoas. O Instituto Kinsey descreve a resposta de uma pessoa ao beijo como uma combinação de três fatores:

 

  • sua resposta psicológica depende do seu estado mental e emocional, bem como você se sente em relação à pessoa que estiver beijando. Sob o aspecto psicológico, beijar alguém que você deseja estimula sentimentos de vínculo e afeto. Mas se está beijando alguém de quem você não gosta, ou se for beijado contra sua vontade, sua resposta será completamente diferente;

     

  • seu corpo reage fisicamente ao fato de ser beijado. A maior parte das pessoas gosta de ser tocada e isso é parte da sua resposta corporal ao beijo. Mas o beijo também afeta todo o corpo, desde o fluxo sangüíneo até seu cérebro. Em uma seção posterior, examinaremos detalhadamente as reações biológicas do seu corpo ao beijo;

     

  • a cultura na qual você foi criado tem um papel muito importante sobre o que você sente em relação ao beijo. Na maior parte das sociedades ocidentais, as pessoas estão condicionadas ao beijo. O comportamento das pessoas a sua volta, as imagens da mídia e outros fatores sociais podem afetar dramaticamente a maneira como você reage quando é beijado.

 

Dois irmãos se beijando
Foto cedida por Esther Seijmonsbergen/Arquivo.xchng
O porquê e como as pessoas se beijam depende bastante de fatores psicológicos, biológicos e sociais

 

Esses fatores têm uma função em todos os tipos de beijo, não somente nos românticos por natureza. Em outras palavras, quando uma mãe beija o machucado de seu filho para que ele se sinta melhor, os fatores psicológicos, biológicos e sociais desempenham um papel nas reações de ambos. O mesmo é válido quando amigos se beijam em um cumprimento, religiosos beijam seus símbolos ou irmãos se beijam e fazem as pazes após uma discussão. Embora alguns beijos sejam platônicos e outros sejam românticos, eles geralmente têm uma coisa em comum: são inspirados por sentimentos positivos e tendem a inspirar estes mesmos sentimentos.

 

Dia do beijo
Dia 13 de abril é dia do beijo, no Brasil.

 

Independente da idéia que as pessoas fazem do beijo ou o que ele significa para elas, os antropólogos têm quase certeza de que as pessoas começaram a se beijar há milhares de anos. A seguir, veremos a história do beijo mais detalhadamente.

 

Devo falar sobre beijo?

Pesquisas modernas sugerem que os indivíduos pertencentes a praticamente todas as culturas do planeta se beijam. No entanto, antropólogos e etnológos citam algumas culturas na Ásia, na África e na América do Sul que não têm o hábito de beijar. Algumas delas vêem o beijo como algo desagradável ou repugnante. No entanto, outros pesquisadores apontam que essas sociedades encaram o beijo como algo muito particular para se discutir com estranhos. Em outras palavras, eles podem se beijar, mas não falam sobre isso.

 

 

A história do beijo

Quadro de Hayez,
Foto cedida Amazon
Esta pintura, chamada de "O Beijo," foi pintado por Francesco Hayez no século XIX. Antes disso, os beijos não apareciam com freqüência na arte ocidental.

Os historiadores não sabem muito sobre a história inicial do beijo. Quatro textos em Sânscrito Védico, escritos na Índia por volta de 1500 a.C., parecem descrever pessoas se beijando. Isso não significa que ninguém tenha se beijado antes, nem que os indianos tenham sido os primeiros a se beijar. Os artistas e escritores podem ter considerado o beijo particular demais para ser descrito na arte ou literatura.

Após sua primeira menção por escrito, o beijo não apareceu muito na arte ou na literatura por algumas centenas de anos. O poema épico indiano "Mahabharata" descreve o beijo nos lábios como um sinal de afeto. O "Mahabharata" foi transmitido oralmente por milhares de anos antes de ser escrito e padronizado, em torno de 350 d.C. O texto religioso indiano "Vatsyayana Kamasutram", ou o "Kama Sutra", também descreve uma variedade de beijos. Ele foi escrito no século VI d.C. Os antropólogos que acreditam que o beijo é um comportamento aprendido afirmam que os gregos souberam sobre ele quando Alexandre, o Grande, invadiu a Índia em 326 a.C.

 

O beijo entre os índios, no Brasil
Os casais indígenas não andam de mãos dadas, nem abraçados, nem se beijam. O afeto é demonstrado de outras maneiras. Nos índios Krahó, a mulher pinta o corpo do marido de urucum e carvão, tira-lhe os piolhos do cabelo, tira-lhe os cílios e as sobrancelhas. Ao cair da tarde, o casal estende uma esteira no chão, fora de casa, e ficam sentados sobre ela, fumando ou conversando.

 

Não há muitos registros sobre os beijos no mundo ocidental até a época do Império Romano. Os romanos costumavam usar o beijo para cumprimentar amigos e familiares. Os cidadãos beijavam a mão do Imperador e, naturalmente, as pessoas beijavam seus parceiros. Os romanos tinham três categorias para o beijo:

  • osculum era um beijo na bochecha
  • basium era um beijo nos lábios
  • savolium era um beijo profundo

 

Beijando debaixo do azevinho
Hoje em dia, algumas pessoas passam no período de festas debaixo de um azevinho na esperança de beijar alguém que passe por ele. Mas até 1400, beijar sob um azevinho significava compromisso entre o casal. 

 

Os romanos também iniciaram várias tradições relacionadas ao beijo que perduram até hoje. Na Roma antiga, os casais ficavam noivos beijando-se apaixonadamente na frente de um grupo de pessoas. Essa é, provavelmente, uma das razões pelas quais os casais modernos se beijam ao final de cerimônias de casamento. Além disso, embora a maioria das pessoas pense que somente cartas de amor são "seladas com um beijo", os beijos foram utilizados para selar contratos jurídicos e comerciais. Os antigos romanos também costumavam beijar como parte de suas campanhas políticas. No entanto, vários escândalos de "beijos por votos" na Inglaterra do século XVIII levaram, teoricamente, os candidatos a beijar somente jovens e idosos.

 

Um beijo no final de um casamento
Foto cedida por Paul Anderson/MorgueFile
O beijo no final de casamentos provavelmente teve sua origem nas tradições da Roma antiga 

 

O beijo também teve sua função nos primórdios da Igreja Cristã. Os cristãos com freqüência se cumprimentavam com umosculum pacis, ou beijo sagrado. De acordo com essa tradição, o beijo sagrado causava uma transferência de espírito entre as duas pessoas que se beijavam. A maioria dos pesquisadores acredita que o objetivo desse beijo era estabelecer vínculos familiares entre os membros da igreja e fortalecer a comunidade.

Até 1528, o beijo sagrado era parte da missa católica. No século XIII, a Igreja Católica o substituiu por um cumprimento de paz. A Reforma Protestante no século XVI removeu totalmente o beijo da prática protestante. Na verdade, o beijo sagrado não exercia uma função na prática católica religiosa moderna, embora alguns cristãos beijem símbolos religiosos, como o anel do Papa, por exemplo.

Embora, atualmente, poucos  religiosos incorporem o beijo sagrado, o beijo ainda prevalece na cultura ocidental. Hoje em dia, as pessoas se beijam em várias situações por motivos diversos.

Mas nem todos os beijos são felizes. Obras da literatura como "Romeu e Julieta" descreveram beijos como "perigosos" ou "mortais" quando compartilhados com as pessoas erradas. Alguns estudiosos do folclore e críticos literários vêem o vampirismo como um símbolo dos perigos físicos e emocionais decorrentes de se beijar a pessoa errada.

Atualmente, a maioria das culturas em todo o mundo pratica o beijo, mas possui diferentes opiniões sobre quando e onde o beijo é apropriado. Nos anos 90, vários artigos na mídia relatavam uma tendência entre os jovens de beijar em público no Japão, um país onde o beijo tradicionalmente era visto como uma atividade privada.

Em seguida, analisaremos a anatomia e fisiologia envolvidas no beijo.

 

O beijo de Judas

Um dos beijos mais famosos do mundo ocidental foi o beijo de Judas Iscariotes usado para trair Jesus antes da crucificação. Esse beijo teve forte influência sobre as práticas espirituais cristãs. Grupos da igreja logo omitiram o beijo sagrado, ou se abstiveram por completo de beijar na Quinta-Feira Santa. A Quinta-Feira Santa é a quinta antes da Páscoa e o dia utilizado para comemorar a Última Ceia, após a qual Judas traiu Jesus nos Jardins do Getsêmani.


 

A anatomia de um beijo

A maioria das pessoas pensa sobre o que deve fazer ao beijar outra pessoa, mas poucas refletem sobre todos os detalhes técnicos por trás dele. Não importa quem você está beijando ou por quê, o beijo depende de um músculo, o orbicular, que fica ao redor da parte exterior da sua boca. Seu orbicular é que modifica o formato de sua boca enquanto você fala e contrai seus lábios no momento do beijo.

 

Uma ilustração dos músculos da face

 

Mas o orbicular, na verdade, é somente uma parte de todo um conjunto. Aproximadamente dois terços das pessoas inclinam a cabeça para a direita ao beijar. Os cientistas acreditam que essa preferência tenha se iniciado antes do nascimento, quando nossas cabeças estão do lado direito do útero. Portanto, os músculos da cabeça, pescoço e ombros inclinam a cabeça de forma que o nariz não colida com o nariz do parceiro 

Além disso, os demais músculos no rosto e na cabeça também exercem sua função em um beijo mais envolvente. Por exemplo:

  • vários músculos movimentam seus lábios. O zigomático maior, o zigomático menor e o elevador do lábio superior movem o lábio superior e os cantos da boca para cima. O depressor do lábio inferior e o depressor do ângulo da boca movem os cantos da boca e o lábio inferior para baixo
  • para abrir a boca, os pterigóideos laterais atuando ao mesmotempo, movem o maxilar inferior (queixo ou mandíbula) para baixo abrindo a boca. O masseter, o temporal e o pterigóideo interno fecham a boca; 
  • vários músculos, o genioglosso, o estiloglosso, o palatoglosso e o hioglosso movimentam sua língua quando você a usa.
Beijando a pedra de Blarney

Os turistas que visitam a Irlanda param frequentemente no Castelo de Blarney, próximo a Cork, para beijar a pedra de Blarney. Dizem que beijar a pedra concede à pessoa que a beija o dom de agradar ou de eloqüência. Beijar a Pedra de Blarney exige muito mais do que somente mover os lábios. Para alcançá-la, as pessoas precisam deitar de costas, segurar-se em um apoio e inclinar a cabeça para trás até que estejam praticamente de cabeça para baixo.

Qualquer pessoa que tenha beijado sabe que as sensações envolvidas não se limitam à boca. O nervo facial transmite impulsos entre o cérebro e os músculos, pele do rosto e língua. Enquanto você beija, ele transmite mensagens dos lábios, língua e rosto para océrebro para informar o que está acontecendo. O cérebro, por sua vez, responde ordenando que seu corpo produza:

  • oxitocina, que ajuda as pessoas a desenvolverem sentimentos de vínculo, devoção e afeto entre si;
  • dopamina, que exerce sua função no processo cerebral das emoções, prazer e dor;
  • serotonina, que afeta o humor e os sentimentos;  
  • adrenalina, que aumenta a freqüênciacardíaca e desempenha uma função na resposta de estresse agudo do corpo;

 

Quando você beija, esses hormônios e neurotransmissores são distribuídos pelo corpo. Junto com a endorfinas, eles produzem a euforia que a maioria das pessoas sente durante um bom beijo. Além disso, sua freqüência cardíaca aumenta e os vasos sangüíneos se dilatam para que seu corpo receba mais oxigênio do que quando você está parado. Você também consegue sentir o cheiro da pessoa que está beijando. Os pesquisadores demonstraram que existe uma conexão entre o olfato e as emoções.

Seu corpo também pode interferir na escolha de quem você quer beijar. Pesquisadores comprovaram que mulheres preferem homens com proteínas do sistema imunológico diferentes das suas. Teoricamente, ter um bebê com alguém com proteínas imunológicas diferentes pode levar a uma prole mais saudável. Os cientistas acreditam que uma mulher pode sentir o cheiro dessas proteínas ao beijar  e que isso afeta sua opinião quanto ao parceiro ser ou não atrativo.

Verifique os links na página seguinte para mais informações sobre o beijo, o corpo humano e assuntos relacionados.

 

Germes com o beijo?
A maioria das pessoas sabe que bocas são locais repletos de germes. O beijo está diretamente relacionado a algumas doenças:
  • a mononucleose é freqüentemente chamada de "febre do beijo" devido ao fato de ser transmitida na saliva e poder se disseminar através do beijo;
  • o vírus da herpes simples 1 é facilmente transmitido através do beijo;
  • embora o beijo não cause necessariamente meningite,  pesquisadores detectaram um correlação entre o número de parceiros de beijo dos adolescentes e a probabilidade de desenvolver a doença;
  • alguns pesquisadores afirmam que as bactérias que causam úlcera gástrica podem se disseminar através do beijo;
  • embora seja improvável que uma pessoa contraia o vírus da imunodeficiência humana (HIV) através do beijo, o Centro de Controle de Doenças dos EUA relatou um caso de transmissão de HIV ocorrida dessa forma;
 
Como funciona a reprodução humana
por Craig C. Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil

 
 

Introdução

 



Desde a adolescência até a meia-idade ou um pouco mais somos capazes de nos reproduzir. O sexo tem um papel importante em nossa cultura; nós o vemos na moda, literatura, música,televisão e filmes.

 

Do ponto de vista biológico, o objetivo do sexo é fundir dois grupos de informações genéticas, um da mãe e outro do pai, para formar um bebê que seja geneticamente diferente de seus pais.

 


Foto cedida pela Georgia Reproductive Specialists
Óvulo fecundado

 

Neste artigo, vamos explorar a biologia do sexo, também conhecida como reprodução humana. Vamos examinar os órgãos sexuais, os ciclos biológicos do sexo e os processos de fertilização.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por dentro da fecundação

O principal objetivo do sexo é unir o espermatozóide e o óvulo (é afertilização) para formar um bebê. Em muitos seres vivos, a fecundação ocorre fora do corpo. Por exemplo, na maioria dos peixes e anfíbios, as fêmeas colocam os óvulos em algum lugar (normalmente no mar/leito do rio), o macho se aproxima e solta os espermatozóides - desta forma ocorre afecundação externa.

Em répteis e mamíferos (inclusive seres humanos), a fecundação ocorre dentro do corpo da fêmea (fecundação interna). Esta técnica aumenta as chances de sucesso na reprodução. Pelo fato de usarmos fecundação interna, nossos órgãos sexuais são específicos para este fim. Vamos dar uma olhada com mais detalhes nos órgãos sexuais masculinos e femininos.

 

Os órgãos sexuais masculinos

Olhando de fora, o homem tem dois órgãos sexuais perceptíveis, ostestículos e o pênis. Os testículos são os principais órgãos sexuais masculinos - e eles produzem espermatozóides e testosterona. O espermatozóide é a célula sexual masculina (gameta). Testosterona é o hormônio responsável pelas características sexuais secundárias masculinas, como pêlos faciais e pubianos, cordas vocais grossas emúsculos desenvolvidos.

Os testículos ficam na parte externa da região principal do corpo masculino, em uma bolsa chamada de escroto. Esta localização é importante, porque para os espermatozóides se desenvolverem corretamente eles devem ficar a uma temperatura um pouco mais baixa (entre 35 e 36º C) do que a temperatura normal do corpo (36,5º C).

O espermatozóide imaturo vai dos testículos até um tubo em espiral na superfície externa de cada um, chamado de epidídimo, onde amadurece em aproximadamente 20 dias. Ele sai do corpo através do pênis.

pênis é feito de tecido macio e esponjoso (veja Como funciona o Viagrapara mais detalhes). Quando cheio de sangue durante a excitação e relação sexual, o tecido esponjoso endurece e faz com ele fique ereto, o que é importante para sua principal função: colocar o espermatozóide dentro da mulher.

 


órgãos sexuais masculinos
 

Liberação de espermatozóides

Conforme dito antes, os espermatozóides são produzidos nos testículos. Durante a relação sexual, músculos lisos se contraem e lançam espermatozóides maduros da extremidade do epidídimo através de um tubo longo (canal ou duto deferente) localizado dentro do corpo, bem embaixo da bexiga. A partir daí, os espermatozóides se misturam aos fluidos cheios de nutrientes da vesícula seminal e a uma secreção leitosa da próstata. A combinação de espermatozóides e fluidos é chamada de sêmen. O sêmen faz três coisas:
  • proporciona um ambiente aquoso no qual os espermatozóides podem nadar quando saem do corpo
  • fornece nutrientes para os espermatozóides (frutoseaminoácidos,vitamina C)
  • protege os espermatozóides, neutralizando os ácidos presentesnos órgãos sexuais femininos
Uma vez que o sêmen é produzido, ele passa por outro tubo (uretra) dentro do pênis, saindo do corpo através da abertura do pênis. 

Um último órgão masculino é um conjunto bem pequeno de glândulas, dotamanho de ervilhas, localizadas dentro do corpo, na base do pênis, chamadas de glândulas bulbouretrais ou glândulas de Cowper. Durante a excitação sexual, um pouquinho antes da ejeção do esperma (ejaculação), as glândulas de Cowper liberam uma quantidade minúscula de líquido que neutraliza qualquer sinal de acidez provocada pela urina que possa ter ficado na uretra. Acredita-se também que estas secreções servem para lubrificar o pênis e os órgãos sexuais femininos durante a relação sexual.

Como funciona a reprodução humana
por Craig C. Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil

 

 
 

Os órgãos sexuais femininos

Todos os órgãos sexuais femininos - exceto a vulva - estão localizados dentro do corpo. A vulva consiste de dois conjuntos de pele dobrada (grandes lábios, pequenos lábios) que cobrem a abertura dos órgãos sexuais femininos e uma pequena saliência de tecido sensível e erétil (clitóris), que é o que restou do pênis fetal (leia na próxima página).

Os dois ovários são os maiores órgãos sexuais femininos, o equivalente aos testículos. Os ovários produzem os óvulos, ou ovócitos, que são os gametas femininos e produzem estrogênio, o hormônio sexual feminino. O estrogênio é responsável pelas características sexuais secundárias femininas, como pêlos pubianos, desenvolvimento dos seios, alargamento da bacia e depósito de gordura nos quadris e coxas. Os óvários estão localizados no abdômen.

 


órgãos sexuais femininos

 

Os óvulos se desenvolvem dentro do ovário e são liberados pela ovulaçãodentro de uma espécie de tubo (o oviduto ou trompas de Falópio) revestido de projeções parecidas com dedos. Os óvulos passam pelas trompas de Falópio, onde ocorre a fecundação, indo para uma câmara de músculos chamada de útero.

 


O útero é onde o bebê se desenvolve. É composto por uma musculatura lisa e é, normalmente, do tamanho e formato de uma pêra pequena de ponta cabeça. Durante a gravidez, ele estica até o tamanho de uma bola de basquete para alojar o bebê em desenvolvimento. A base do útero (pescoço da pêra) é uma parede muscular chamada de cérvix ou colo do útero. Na cérvix, há uma minúscula abertura, mais ou menos do tamanho de uma cabeça de alfinete, chamada de orifício externo. O orifício externo é cheio de proteína (muco) que serve como barreira na entrada do útero. A cérvix leva a um outro tubo muscular de músculo liso chamado de vagina, ou canal vaginal.

 

A vagina conecta o útero ao exterior do corpo, e sua abertura é coberta pelos grandes lábios. Recebe o pênis durante a relação sexual e é por onde sai o bebê durante o nascimento. É normalmente estreita (exceto ao redor do cérvix), mas pode esticar durante a relação sexual e o parto.

Finalmente, dois conjuntos de glândulas, a glândula vestibular maior(glândula de Bartholin) e a glândula vestibular menor, estão localizadas em ambos os lados da vagina e drenam sua secreção nos grandes lábios. As secreções destas glândulas lubrificam as dobras labiais durante a excitação e a relação sexual.

 

Desenvolvimento dos órgãos sexuais

Assim que começamos a nos desenvolver, temos dois conjuntos de órgãos: um que pode se desenvolver e dar origem aos órgãos sexuais femininos (dutos de Müller) e um que pode se desenvolver e dar origem aos órgãos sexuais masculinos (dutos de Wolff). O tipo de órgão sexual a ser desenvolvido depende da presença do hormônio masculino testosterona (em seres humanos, o sexo padrão é o feminino):

  • se o embrião for masculino (cromossomos XY), a testosterona estimula o duto de Wolff a desenvolver os órgãos sexuais masculinos e o duto mülleriano desaparece;
  • se o embrião for feminino (XX), não há produção de testosterona. O duto de Wolff desaparece, e o duto de Müller se transforma em órgãos sexuais femininos. O clitóris é o que restou do duto de Wolff.
  • se o embrião for masculino (XY), mas houver algum defeito que não permita a produção de testosterona, o duto de Wolff desaparece, e o duto de Müller se transforma em órgãos sexuais femininos inativos. Neste caso, tem-se o intersexo, ou sexo intermediário. São muitos os tipos de intersexo, e são subdivididos de acordo com o genótipo e o fenótipo que apresentam, e o funcionamento ou não da glândula sexual (hermafroditismo verdadeiro, pseudohermafroditismo masculino, pseudohermafroditismo feminino, Síndrome de Turner, Síndrome de Kleinefelter e outros).

O desenvolvimento dos órgãos sexuais ocorre até o terceiro mês de desenvolvimento.

Agora, vamos dar uma olhada em alguns outros órgãos importantes para o funcionamento sexual dos seres humanos.

Outros órgãos relacionados ao sexo

Embora não estejam localizados nos aparelhos reprodutores, dois outros órgãos são importantes para as funções sexuais em homens e mulheres:

  • hipotálamo, no cérebro - o hipotálamo tem células nervosas que liberam um hormônio chamado de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) nos vasos sangüíneos que levam à glândula hipófise;
  • glândula hipófise fica logo abaixo do cérebro - o hormônio liberador de gonadotrofina faz com que as células pituitárias liberem dois hormônios, hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH), na circulação sangüínea. LH e FSH agem nos testículos/ovários para estimular a produção e o amadurecimento das células sexuais e a produção de hormônios sexuais (testosterona, estrogênio, progesterona).

A cada 90 minutos, as células nervosas liberam pequenas quantidades de GnRH, fazendo com que a hipófise libere pequenas quantidades de LH e FSH. Os hormônios sexuais dos testículos/ovários se comunicam com o hipotálamo e a glândula hipófise para regular a secreção de GnRH, LH e FSH. Esta interação é chamada de sistema de retroalimentação negativa (feedback negativo). A interação química entre o hipotálamo, a glândula hipófise e os testículos/ovários é importante para o desenvolvimento sexual, mantendo o funcionamento sexual e a reprodução. Um erro nesta interação química pode ser a causa da infertilidade.

Produção de células sexuais

A partir da puberdade, o homem produz células sexuais (na forma de espermatozóides) continuamente. Em contrapartida, assim que uma mulher nasce, ela já produziu todos os óvulos que deveria produzir por toda a vida. Quando chega na puberdade, os óvulos começam a se desenvolver e são liberados. Este processo continua até a menopausa. Em homens e mulheres, a produção de células sexuais envolve meiose, um tipo de divisão celular onde nossos dois grupos de instruções genéticas são reduzidos a um único grupo para a célula sexual.

 


Imagem cedida por U.S. DOE, Human Genome Project (Projeto Genoma Humano, esforço de pesquisa internacional para identificar e mapear todos os genes do DNA humano, iniciado em 1990) 

 

Cada célula em nosso corpo contém um conjunto de cromossomos de nossa mãe (seu óvulo) e de nosso pai (seu espermatozóide). Quando o corpo produz células sexuais (espermatozóides ou óvulos), ele deve reduzir o número de cromossomos pela metade para entrar nas células sexuais. Para fazer isso, ele combina aleatoriamente cromossomos de ambos os grupos em uma divisão celular e os reduz à metade em outra. Portanto, cada espermatozóide ou óvulo que nosso corpo produz é único e diferente, com uma combinação diferente dos genes de nossos pais. É por isso que dois irmãos na mesma família podem parecer e agir de forma totalmente diferente um do outro, mesmo vindo dos mesmos pais - tudo depende de quais genes (cromossomos) foram escolhidos na produção das células sexuais da mãe e do pai.

 

Ciclos: o momento é tudo

Lembre-se que, biologicamente, o principal objetivo da reprodução é combinar o espermatozóide com o óvulo para fazer um bebê. Com relação ao homem, a idade não é tão importante. Os homens produzem espermatozóides que podem fecundar um óvulo o tempo todo, desde o início da puberdade até a morte (há muitos casos de homens na casa dos 70 e 80 anos de idade que engravidam mulheres mais jovens). Em contrapartida, as mulheres liberam óvulos férteis desde a puberdade até os 40 ou ínício dos 50 anos de idade. Depois disso, seus ovários param de liberar óvulos e ocorrem várias mudanças bioquímicas e psicológicas que chamamos demenopausa.

Embora as mulheres possam gerar um bebê desde a puberdade até a menopausa, o momento da relação sexual é crucial para o sucesso da reprodução. As mulheres têm um ciclo de ovulação, ou ciclo menstrual, composto por mudanças hormonais e psicológicas complexas relacionadas ao momento da reprodução.

Na primeira fase do ciclo menstrual, um folículo (o complexo celular que rodeia e alimenta o óvulo) cresce no ovário, enquanto o revestimento interno do útero se constitui para receber o óvulo fecundado. No meio do ciclo, quando o óvulo está pronto, é liberado pelo ovário. Esta etapa é chamada de ovulação - é aí que a fecundação pode acontecer. O óvulo entra nas trompas de Falópio a caminho do útero. Na fase final do ciclo menstrual, uma das duas coisas pode ocorrer: se o óvulo for fecundado, ele continua no útero, se implanta na sua parede interna e a gravidez se inicia. Caso contrário, o útero descama sua parede, o óvulo cessa suas atividades (morre) e assim inicia-se a menstruação e ocorre outro ciclo.
 

A hora H

Quando um homem e uma mulher têm uma relação sexual, ambos se excitam. Em ambos, impulsos nervosos vindos do cérebro aumentam suafreqüência cardíaca e dilatam os vasos sangüíneos periféricos. Eles sentem calor e começam a suar. As glândulas de Cowper, no homem, e as glândulas vestibulares, na mulher, liberam um líquido que lubrifica a uretra no homem e a área dos lábios e da vagina na mulher.

O cérebro do homem envia um impulso nervoso para os vasos sangüíneos em seu pênis e pede para as arteríolas se dilatarem e as vênulas se contraírem. O fluxo sangüíneo inunda o tecido esponjoso do pênis, fazendo com que ele fique ereto. Quando um casal tem uma relação sexual, o homem coloca seu pênis ereto dentro da vagina da mulher. Conforme a relação continua, o homem atinge um ponto em que contrações musculares no epidídimo, próstata e vesícula seminal lançam sêmen do pênis dentro da vagina (ejaculação), na base da cérvix uterina. Contrações musculares periódicas no corpo da mulher levam o sêmen até sua cérvix.

Uma vez que o sêmen é depositado na base do útero, os espermatozóides começam sua jornada para fertilizar o óvulo.

Fecundação

A longa jornada até a fecundação pode durar de 12 a 48 horas, antes que os espermatozóides morram. Eles têm que atravessar a barreira da cérvix, que vai estar fluida e aquosa se a mulher tiver acabado de ovular (consideraremos que a relação ocorreu algumas horas após a ovulação).

Uma vez que os espermatozóides atravessaram o muco cervical, eles sobem pela superfície interna do útero até as trompas de Falópio (apenas uma das trompas contém um óvulo - muitos espermatozóides vão para o lugar errado). Menos de mil espermatozóides, entre milhões, conseguem chegar até as trompas.

Muitos espermatozóides ficam ao redor do óvulo na trompa. A cabeça de cada espermatozóide (acrossomo) libera enzimas que começam a quebrar a camada gelatinosa externa da membrana do óvulo, tentando penetrar nele. Assim que um único espermatozóide penetra, a membrana muda suas características elétricas (despolariza-se). Esse sinal elétrico faz com que pequenas bolsas logo abaixo da membrana (grânulos corticais) joguem seu conteúdo no espaço que rodeia o óvulo. Este conteúdo incha, empurrando os outros espermatozóides para longe do óvulo (reação cortical). Os outros espermatozóides morrem em 48 horas. A reação cortical assegura que apenas um espermatozóide fecunde o óvulo.

 


Foto cedida pela Georgia Reproductive Specialists
Óvulo fecundado, mostrando dois pró-núcleos começando a se dividir (esquerda) e uma célula dividida em 8 partes após 72 horas (direita)

 

O ovo fecundado é agora chamado de zigoto. A despolarização causada pela penetração do espermatozóide resulta em um último ciclo de divisão no núcleo do óvulo, formando um pró-núcleo contendo apenas um grupo de informação genética. Os pró-núcleos de um óvulo se misturam com o núcleo de um espermatozóide. Assim que dois pró-núcleos se unem, a divisão celular se inicia.

O zigoto em divisão é empurrado pela trompa de Falópio. Até mais ou menos quatro dias após a fecundação, o zigoto tem aproximadamente 100 células e é chamado de blástula ou blastocisto. Quando a blástula chega à parede interna do útero, flutua por uns dois dias e finalmente implanta-se na parede uterina até o sexto dia após a fecundação. Agora que está nesta posição, ele libera gonadotrofina coriônica, que sinaliza que uma gravidez se inicia.

A blástula continua a se desenvolver no útero por nove meses. Conforme o bebê vai crescendo, o útero estica até o tamanho de uma bola de basquete.

 

Como funciona a reprodução humana
por Craig C. Freudenrich, Ph.D. - traduzido por HowStuffWorks Brasil

 

 
 

Gêmeos

Às vezes, dois folículos dominantes desenvolvem óvulos e ovulam. Se ambos forem fecundados e então implantados no útero, dois embriões se desenvolvem: são gêmeos. Pelo fato de se desenvolver a partir de óvulos separados que foram fecundados por espermatozóides diferentes, são chamados de gêmeos fraternos. Gêmeos fraternos não dividem maisinformações genéticas do que irmãos que nasceram separadamente.

Além disso, as duas células filhas que permanecem após um óvulo fecundado ter passado pela primeira divisão podem se separar e se dividir independentemente. Quando isso acontece, elas permanecem ligadas livremente na trompa de Falópio, e as duas blástulas se fixam juntas na parede uterina. Elas se desenvolvem como dois embriões separados. Pelo fato desses embriões terem vindo do mesmo óvulo fecundado, dividem material genético idêntico e são chamados de gêmeos idênticos (ouunivitelinos).

 

Contracepção e DSTs (doenças sexualmente transmissíveis)

Como podemos ver pelo processo de reprodução, existem várias formas de evitar a união do espermatozóide e do óvulo. Esses métodos decontracepção se encaixam nas seguintes categorias:

 

  • Não ter relações sexuais - abstinência
  • Evitar que um folículo se desenvolva - pílula anticoncepcional
  • Colocar um obstáculo entre o espermatozóide e o óvulo -camisinha (masculina/feminina), DIU (dispositivo intra-uterino),diafragma
  • Matar o espermatozóide - espermicidas
  • Cirurgia - bloquear o espermatozóide ou óvulo com procedimentos cirúrgicos como ligadura das trompas (em mulheres) ouvasectomia (em homens)
  • Tabelinha - evitar relações sexuais durante o período de máxima fertilidade

atividade sexual oferece certos riscos de doenças causadas por:

 

  • Bactérias (gonorréia, sífilis, clamídia)
  • Protozoários (tricomoníase)
  • Vírus (herpes genital, HIV/AIDS)

 

 

10 tratamentos alternativos mais populares

Para aqueles que sofrem de dores debilitantes ou de uma condição que os médicos não sabem como tratar, a medicina alternativa pode oferecer alguma forma de alívio ou simplesmente ajudar pacientes a lidar com osproblemas de saúde que mudam suas vidas. Até mesmo pessoas saudáveis podem participar em práticas como yôga, homeopatia ou acupuntura para tentar gerenciar sua saúde mais holisticamente ou evitar substâncias químicas usadas nas drogas padrão.

 

A cura com as mãos, conhecida como Reiki, é um dos tratamentos alternativos procurados como complemento do tradicional
© Stills / iStockphoto

A cura com as mãos, conhecida como Reiki, é um dos tratamentos alternativos procurados como complemento do tradicional

 

 

Aproximadamente quatro de dez adultos nos EUA usam alguma forma de medicina complementar ou alternativa (também chamada de CAM), A maioria deles se baseia no cuidado alternativos nos tratamentos holísticos e nas práticas corpo/mente para suplementar, não substituir, os cuidadosocidentais tradicionais e os programas de tratamento estabelecidos.

 

 

O que é holismo?
O holismo vem do grego holos, que significa todo, inteiro, total. Ele parte da premissa metafísica de Aristóteles de que o todo é maior que suas partes. O movimento holístico estuda o relacionamento de todo um sistema(biológico, químico, social, econômico, mental ou linguístico) com suas partes e de cada uma dessas partes sem separá-la do todo. Tratamentos que levam em consideração a totalidade do indivíduo, relacionando seus problemas físicos a estados emocionais, ao desequilíbrio da energia do corpo, ao ambiente e ao estilo de vida são chamados holísticos.

 

Antes de você se engajar em qualquer forma de tratamento de medicina alternativa, lembre-se de que a medicina convencional normalmente está apoiada em padrões comprovados de eficácia e segurança. Só porque alguma coisa é natural ou holística não significa que ela não pode causar danos à sua saúde ou ao seu bem-estar.

 

Converse com seu médico sobre tratamentos alternativos e sobre a melhor maneira de utilizá-los nos cuidados da sua saúde. Se seu médico for ortodoxo e não acreditar nesse tipo de tratamento, pesquise o tema e peça aos indicações aos amigos. Nas próximas páginas você vai conhecer quais são os dez tratamentos alternativos mais populares.

 

 

 

 

 

 

 

Homeopatia

Se a ingestão de uma pequena quantidade de substância pode produzir uma série de sintomas em uma pessoa saudável, essa mesma substância podeira ser usada para tratar esses sintomas em alguém sofrendo de uma doença? Praticantes da medicina homeopática acreditam que sim, e aproximadamente 2% da população dos EUA se baseia nesse método tradicional decuidados com a saúde para tratar e prevenir doenças [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine].

Desenvolvida na Alemanha há mais de dois séculos, a homeopatia está baseada na ideia de que "semelhante cura semelhante", o que significa que substâncias que podem adoecê-lo também podem ajudá-lo a ficar bem.

Praticantes da homeopatia analisam os pacientes como indivíduos, e então prescrevem uma variedade de pílulas para levar o corpo ao equilíbrio e livrá-lo da doença. As doses são infinitamente pequenas, e incluem muitos remédios à base de ervas e plantas, bem como yôga, meditação e outras práticas tradicionais.

Essas doses minúsculas representam um dos maiores problemas para os pesquisadores quando se trata de avaliar a eficácia do tratamento homeopático. Não apenas é difícil mediar e observar dose tão pequena, como os tratamentos individualizados usados na homeopatia tornam difícil gerar estatísticas significativas. Indícios casuais sugerem que a homeopatia pode ajudar a tratar diarreia, alergias, asma e vertigem, mas existem poucas evidências científicas para suportar essas afirmações [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine].

 

Hipnose

O hipnotizador guia um paciente para um estado de consciência alterado e então faz sugestões sutis para ajudá-lo a melhorar sua saúde e bem-estar. A hipnose há muito é usada para ajudar pacientes a parar de fumar, perder peso e tratar a insônia [fonte: Universidade de Minnesota]. A hipnose também se mostra promissora no alívio do estresse, no gerenciamento de dores, nas dores de cabeça, nas dores de dente e no parto. Embora os cientistas saibam pouco sobre como a hipnose funciona, estudos mostraram que a hipnose cria uma reação biológica dentro do corpo, incluindo estimulo do sistemanervoso [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine].

 

Uma advertência para ter em mente é que estudos sugerem que a hipnose não funciona para todo mundo. Alguns praticantes acreditam que pacientes com uma mente aberta para o tratamento experimentam resultados mais mensuráveis, e outros sentem simplesmente que não há como saber de que maneira a hipnose vai afetá-lo ou não [fonte: Oregon Health and Science University].

 

Ímã como remédio
Não se deixe enganar por produtos que afirmam tratar doenças com ímãs ou terapia magnética. Alguns estudos sugerem um elo entre ímãs e artrite ou alívio da dor, mas esses estudos estão baseados em princípios eletromagnéticos. Não há evidências que mostrem que um magneto estático terá qualquer impacto na sua saúde, apesar das afirmações dos fabricantes dos produtos [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine]
 

Yôga

Se você já alongou e relaxou seus músculos em uma aula de yôga, deve ter notado uma melhora na sua flexibilidade e circulação. Mas você sabia que a yôga também oferece benefícios substanciais à saúde? Estudos mostram que a prática regular de yôga reduz o estresse, abranda a depressão e ajuda a controlar a pressão alta e os sintomas da diabetes. Ela também ajuda a reduzir inflamações, o que pode melhorar os sintomas da asma, aliviar dores nas costas e até manter seu coração mais saudável ao com o tempo [fonte: Ohio State University]. Considerando o valor dos tratamentos médicos tradicionais - seja via planos de saúde, seja via particular -, a yôga vem com preço relativamente baixo (duas aulas por semana variam de R$ 100 a R$ 200 por mês) e poucos riscos e é acessível para mais pessoas.

 

 

A yôga é praticada em quase todo o mundo. Só nos EUA, 7% da população é adepta dessa prática milenar. A yôga combina posturas físicas e alongamento com respiração de relaxamento e meditação, ajudando a unir corpo, mente e espírito para o máximo da saúde.

 

Mas antes de engajar em um dos diferentes tipos de yôga, pergunte ao seu instrutor qual deles é melhor indicado para o seu problema de saúde.

 

Visualização

Visualização, ou imagem guiada, é uma prática que está ganhando terreno para os pacientes de câncer, vítimas de derrame e aqueles que sofrem de ansiedade e estresse. Os médicos levam o paciente a se focar em uma imagem específica ou conceito para melhorar a conexão entre a mente e o corpo. Em estudos médicos, o escaneamento do cérebro dos pacientes que seguem essa prática mostra que a visualizar umaatividade promove a mesma atividade no cérebro que desempenhar a atividade de verdade. Isso fornece forte evidência para o uso das imagens guiadas para ajudar pacientes de derrame a reaprender ações básicas, ou tratar pacientes sofrendo de distúrbio de estresse pós-traumático. Pesquisadores também esperam que as técnicas de visualização possam tornar o processo de tratamento de câncer mais fácil para pacientes e ajudar a lidar com um número de condições psicológicas e relacionadas ao estresse.

 

Melhor de tudo, as imagens guiadas representam pouco a nenhum risco para a maioria dos pacientes, e a técnica pode ser praticada quase em qualquer lugar, o que a torna acessível ao grande público.

 

Aiurveda

Há milhares de anos, as pessoas na Índia confiam na antiga prática da Aiurveda para prevenir e tratar doenças. Os médicos aiurvédicos usam ervas, dieta, respiração, massagem e meditação para tratar o ser como um todo e restabelecer o equilíbrio do corpo. Eles se focam na manutenção de um prana saudável, ou energia de vida, que compartilha muitas característica com o qi (lê-se tchi) da medicina chinesa. Acredita-se que um prana  administrado de forma deficiente pode causar doença, e essa doença pode apenas ser tratada pelo realinhamento da mente, do corpo e do espírito para o reequilíbrio do prana.

 

 

Na maior parte, a aiurveda é uma pratica relativamente segura, e se mostra promissora como uma forma de estimular a memória e o foco [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine]. Contudo, os praticantes devem ser avisados que não há evidências científicas para apoiar a maioria das afirmações associadas à aiurveda, e que alguns suplementos usados nessa prática podem ser perigosos. Nos EUA, por exemplo, o FDA (Food and Drugs Administration) alerta para o metal pesado contido em alguns remédios fitoterápicos, e outros suplementos naturais podem interferir com medicações usados para tratar da pressão sanguínea e de outras condições.

Massagem

 

A massagem se tornou uma parte importante no estilo de vida moderno, mas poucos a reconhecem como um tratamentomédico legítimo. Durante uma massagem, os terapeutas manipulam os músculos para diminuir dor e tensão, mas alguns tipos de massagem também podem ajudar a melhorar uma variedade de outras condições de saúde. Um estudo da Universidade de Miami mostrou função imunológica melhorada em pacientes com HIV após terapia de massagem [fonte: National Institutes of Health]. Certos tipos de massagem também suavizam os sintomas do tratamento de câncer e ajudam a reduzir dores severas da fibromialgia [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine]. Para atletas profissionais e guerreiros de fim-de-semana, a massagem esportiva alivia dores musculares, acelera a recuperação e podem até melhorar o desempenho.

 

 Estudos mostram que certos tipos de massagem melhoram o sistema imunológico, diminuem os sintomas de câncer e ajudam a aliviar dores graves da fibromialgia

Estudos mostram que certos tipos de massagem melhoram o sistemaimunológico, atenuam os sintomas de tratamento do câncer e ajudam a aliviar dores graves da fibromialgia

Poucos médicos associam a massagem a qualquer risco sério à saúde, embora a massagem muito intensa possa causar dor e desconforto.

Meditação

Mais de 10% da população norte-americana já tentou a meditação em algum momento de suas vidas, tornando-a uma das mais praticadas formas de medicina alternativa. Durante a meditação, os pacientes se concentram em respirar lenta e ritmadamente e em manter a mente livre de distração. Alguns usam uma palavra-chave para ajudá-los a  facilitar essa prática, enquanto outros podem até incorporar orações ou ensinamentos espirituais. Para a maioria dos praticantes, a meditação provê um método personalizado e versátil de alívio do estresse que, virtualmente, pode ser executado em qualquer lugar e a qualquer momento. Para outros, essa prática pode também ter efeitos de longo alcance na saúde. E parece haver um grupo de evidências científicas para apoiar sua eficácia.

 Além de aliviar o estresse, a meditação pode melhorar o foco e aliviar os efeitos do distúrbio de déficit de atenção

Além de aliviar o estresse, a meditação pode melhorar a concentração e reduzir os efeitos dos sintomas do distúrbio de déficit de atenção

 

O poder da oração
Algumas pessoas religiosas ou espiritualistas confiam no poder da oração e da devoção para curar doenças. Contudo, apesar de indícios casuais mostrarem que a oração pode melhorar o prognóstico do câncer ou estimular o sistema imunológico, pouca evidência científica existe para apoiar essas afirmações. É claro que há pouco risco em incorporar suas crenças religiosas em seu tratamento, mas não use essas crenças para substituir métodos médicos comprovados.
De acordo com o National Institutes of Health, a meditação pode melhorar a concentração e aliviar os efeitos do distúrbio de déficit de atenção. Estudos também mostram uma melhora na asma, nas dores e nos sintomas da pressão alta entre aqueles que meditam regularmente. Devido à sua capacidade de reduzir os níveis de estresse, a meditação também pode aliviar a depressão, a insônia e a ansiedade enquanto diminui os riscos de longo prazo da doença. Pacientes geralmente combinam meditação com yôga ou tai chi chuan para desfrutar dosbenefícios para a saúde física e mental.

 

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