Um bom exemplo da importância da entonação está no treinamento de cães de guarda: eles não interpretam a gramática das frases, mas o seu tom de voz. Um comando de conteúdo imperativo, emitido em um timbre de voz baixou ou trêmulo, transparece insegurança e dificilmente será obedecido. Porém, se emitido em tom mais alto e firme, transmite o sentimento adequado de liderança e resulta na ação esperada. O mesmo principio pode ser aplicado às crianças em casa e em salas de aula cheias de adolescentes.
A Linguagem Corporal é um instrumento de comunicação tão antigo e bem sucedido que se incrustou em nossos genes: crianças que nasceram cegas sorriem, ainda que elas jamais tenham visto um sorriso para reconhecer seu significado. Somos todos geneticamente programados para emitir e interpretar esta comunicação silenciosa. E dominar seus sinais pode fazer toda a diferença.
Nada de ficar contemplando o chão ou a tampa da sua esferográfica: faça contato visual com as pessoas. Olhe seus interlocutores nos olhos. Se possível, vire um pouco seu corpo, incline-se na direção da pessoa e balance a cabeça discretamente, de modo afirmativo. Isso irá mostrar que você está prestando total atenção ao que está sendo dito. Quando for sua vez de falar, seja firme porém mantenha a calma.
E cuidado com alguns sinais que podem detonar sua imagem. Tocar seu rosto significa irritabilidade, nervosismo ou indecisão. Dedos tamborilando denotam distração, falta de sintonia com o grupo ou com as idéias outro. Braços cruzados sobre o peito podem indicar defesa, tédio ou reprovação.
Os mentirosos costumam repetir o que você disse quando respondem algo. Por exemplo, ao perguntar ao seu filho “você já fez o dever de casa?”, ao mentir ele tende a responder “Já, mãe, eu já fiz o dever de casa”. Uma resposta mais honesta consistiria em um simples “Já”.
© istockphoto.com /Sofocles |
© istockphoto.com /Beckyrockwood Mulheres cruzam e descruzam as pernas ao flertar |
Aqui vão alguns exemplos de como as mulheres manifestam o seu interessem em quem bateram os olhos:
- elas lançam um olhar sedutor e inconfundível ao “objeto de seu interesse";
- elas deixam seus dedos “falarem” ao circundar a borda de sua taça de vinho, girar uma caneta, massagear seu próprio pescoço ou ombros, ou tocar de leve a mão do homem em questão;
- balançar os cabelos jogando-os de um lado para o outro é uma arma poderosa das mulheres quando o assunto é a paquera. A mulher irá mexer nos cabelos, colocá-los atrás das orelhas, brincar com algumas mechas ou fazer caracóis nos mesmos;
- os lábios são ferramentas que não são desperdiçadas pelas mulheres mais experientes. O uso de um batom vermelho ou gloss nos lábios pode ser algo bastante sedutor;
- cruzar e descruzar as pernas (com calcinhas, por favor) é algo que definitivamente atrai a atenção de um homem. A atriz Sharon Stone deu uma verdadeira aula a esse respeito no filme “Instinto Selvagem”;
- usar um sapato alto e sentar em um bar e tamborilar os dedos faz com que o homem perceba que a mulher não está com pressa de ir a qualquer lugar e que seu interesse está ali;
- e é claro que nada bate um sorriso bonito. Se uma mulher sorri bastante para você, as chances são enormes de que você seja o alvo do interesse dela.
O sexo frágil não é o único que tem habilidades para flertar de forma não verbal. Os homens também sabem como mostrar quando estão a fim de uma mulher. Vamos dar uma olhada em algumas das formas como os homens usam o próprio corpo para flertar.
Homens são “caçadores” e adoram a emoção de ir em busca de suas presas. É por isso que os bares e boates estão sempre cheios de homens – para eles, isso tudo é quase como um parque de diversões.
© istockphoto.com /NadyaPhoto Homens inventam qualquer desculpa para tocar na sua amada enquanto estão flertando |
Parte da caça inclui o envio de um sinal para que ela saiba que ele está a fim dela. Por exemplo, um homem pode preferir ficar em pé para parecer mais alto. Ele pode até mesmo colocar suas mãos no próprio quadril para aparentar ser o maior dos “machos” entre seu grupo de amigos. Ele usará seu físico para atrair a atenção da mulher. O homem que está paquerando irá dar aquela arrumada no cabelo, arrumar o punho ou a gola da camisa, ou até mesmo dar uma conferida no espelho para se certificar de que não tem nada preso no meio dos dentes. Além disso, os homens também usam os seguintes artifícios para flertar:
- levantam levemente a sobrancelha para a mulher;
- esbarram “acidentalmente” na mulher ao caminho do banheiro ou do bar;
- homens gostam de relaxar quando estão longe do escritório; então quando eles endireitam ou arrumam a gravata é um sinal de que estão prontos para passar um bom tempo – com ela;
- homens quando estão paquerando costumam aproximar a cadeira ou o próprio corpo para perto da “amada” para realmente ouvir a conversa;
- um sorriso maroto é outra pista de que ele está flertando;
- os homens encontrarão qualquer velha desculpa para tocar nos braços da mulher, suas costas, joelhos, ombros ou qualquer outra parte do seu corpo. E se ele fizer isso bem feito, é suficiente para que a mulher sinta “aquele” arrepio.
Enquanto homens e mulheres usam diferentes formas para atrair o sexo oposto, algumas vezes a imitação é maneira que dá mais resultado ao paquerar. Dê uma olhada na próxima página.
© istockphoto.com /Princessdlaf Casais chegam a pedir a mesma bebida |
Você sabia?
Você sabia que o globo ocular de um aduto tem apenas 24,2 milímetros de comprimento e pesa 7,5 gramas? Com todos esses “olhares”, no final de uma noite de festa é muito provável que seus olhos estejam tão cansados quanto seus pés. |
Então, qual é a ferramenta número 1 que tanto os homens como as mulheres usam para flertar? A resposta é provavelmente bastante óbvia para a maioria de nós. Revistas, jornais, sites e blogs de namoro – todos concordam que é o contato com os olhos. Esse é uma dos modos mais diretos de dizer a alguém que você está interessado.
Há diferentes formas de flertar com os olhos, então siga nossas dicas. Se uma pessoa olha para você do outro lado da sala e olha para o lado quando você retorna o olhar várias vezes, as chances são grandes de que ela esteja interessada em você. Na verdade, um homem sente-se mais encorajado para se aproximar de uma mulher quando ela já fez contato com os olhos com ele antes [fonte: Kelly].
© istockphoto.com /G_studio Flertar com os olhos é bastante direto |
Mas para aqueles que saem “à caça” em um sábado a noite, fazer contato com os olhos não é apenas aceitável – é recomendável. E... quem sabe, isso tudo pode ser apenas o início de uma noite inesquecível.
amor | |||
O amor é um estado mental químico que faz parte de nossos genes e é influenciado pela nossa criação. Somos loucos por romance, em parte porque temos que ser pais amorosos que cuidam com muito carinho de nossos bebês desprotegidos.
Neste artigo, descobriremos o que é realmente o amor e o que acontece em nossos corpos que faz com que nos apaixonemos - e mantém-nos apaixonados. Também descobriremos o que nos faz sentir atração por alguém. É por causa dos feromônios, ou a pessoa simplesmente se encaixa no nosso “modelo de amor”?
Imagem cedida por Morgue File |
Independentemente do país ou da cultura, o amor romântico é muito importante. As maneiras de mostrá-lo variam muito de acordo com a cultura, mas ninguém discute a existência do amor.
Mas vamos logo ao que interessa. O que faz com que nos apaixonemos por alguém? Continue lendo este artigo.
Todos temos um modelo de parceiro ideal escondido em algum lugar de nosso subconsciente. É esse modelo de amor que vai decidir qual pessoa, em uma multidão, vai chamar nossa atenção. Mas como se forma esse modelo?
Aparência
Muitos pesquisadores defendem que temos tendência a procurar parceiros do sexo oposto parecidos com nossos pais. Alguns acreditam até que somos atraídos por pessoas parecidas conosco. De fato, o psicólogo cognitivo David Perrett, da Universidade de St. Andrews, na Escócia, realizou uma experiência onde manipulava fotos do rosto de cada indivíduo, transformando-o em um rosto do sexo oposto. Então, ele pediu para que o indivíduo selecionasse, em uma série de fotos, qual achava mais atraente. Segundo o Dr. Perrett, as pessoas que participaram da experiência sempre preferiam a versão manipulada de seu próprio rosto e não reconheciam-na como sua.
Personalidade
Assim como acontece em relação à aparência, tendemos a preferir aqueles que lembram nossos pais ou outras pessoas próximas de nós durante a infância, por causa da personalidade, senso de humor, gostos etc.
Feromônios
A questão dos feromônios humanos ainda é importante no campo da pesquisa do amor. A palavra “feromônio” vem das palavras gregas phéro ehormôn, que juntas significam "trazer excitação".
No mundo animal, os feromônios são “marcas” olfativas individuais encontradas na urina e no suor, que ditam o regulamento sexual e atraem o sexo oposto. Eles ajudam os animais a identificarem-se e escolher um parceiro com sistema imunológico suficientemente diferente do seu para garantir que a descendência seja resistente. Os animais têm um órgão especial no nariz chamado órgão vomeronasal (em inglês) ou OVN, que detecta esse elemento químico inodoro.
A existência dos feromônios humanos foi descoberta em 1986 pelos cientistas do Chemical Senses Center, na Filadélfia, assim como sua contraparte na França. Eles encontraram essa substância no suor humano. Um OVN humano também foi encontrado em algumas pessoas, mas não em todas. Mesmo que o OVN não esteja presente em todos nós, ou que não esteja funcionando naqueles que o têm, há evidências de que o cheiro é um aspecto importante para o amor. Repare na grande variedade de perfumes vendidos nas lojas. Foi realizada uma experiência onde um grupo de mulheres cheirou as camisetas sujas de um grupo de homens, e cada uma teve que escolher por qual delas se sentia mais “atraída”. Assim como no mundo dos animais, a maioria das fêmeas escolheu a camiseta do homem cujo sistema imunológico era mais diferente do seu.
O Professor Arthur Aron, da Universidade do Estado de Nova York, em Stonybrook, estudou o que acontece quando as pessoas se apaixonam e descobriu que olhar nos olhos da outra pessoa tem um grande impacto. Em uma experiência, o Professor Aron colocou desconhecidos de sexos opostos juntos por 90 minutos e pediu que eles conversassem sobre detalhes íntimos. Ele então pediu que eles olhassem nos olhos uns dos outros por 4 minutos, sem falar. Os resultados? Muitos participantes sentiram atração por seus parceiros após a experiência, e dois acabaram se casando 6 meses depois. |
Supõe-se que estas substâncias servem mais para aumentar o desejo sexual ou melhorar a habilidade sexual masculina do que para atrair um parceiro. Mas se você está estimulando hormônios que aumentam o interesse sexual, é mais provável que conheça alguém e se apaixone. E mesmo que estes afrodisíacos não funcionem, algumas pessoas dizem que se você pensarque eles vão funcionar, já é meio caminho andado.
2002 FOX BROADCASTING Ryan e Marissa em "The O.C.": feromônios ou dopamina? |
Há 3 tipos ou fases diferentes de "amor":
Quando estas 3 fases ocorrem com a mesma pessoa, vocês têm uma ligação muito forte. Algumas vezes a pessoa que desejamos não é aquela por quem realmente estamos apaixonados.
Desejo
Quando somos adolescentes, logo após a puberdade, o estrogênio e a testosterona ficam ativos em nossos corpos pela primeira vez e criam o desejo de experimentar o "amor". Esse desejo, também conhecido como luxúria, é muito importante não apenas na puberdade, mas durante toda a vida. De acordo com um artigo de Lisa Diamond, chamado "Amor e Desejo Sexual" (Current Directions in Psychological Science, vol. 13, nº 3), o desejo e o amor romântico são coisas diferentes, causadas por fundamentos diferentes. O desejo desenvolveu-se com o propósito da união sexual, enquanto o amor romântico desenvolveu-se pela necessidade de laços para a criação dos filhos. Então, ainda que tenhamos desejo sexual por nossos parceiros românticos, há vezes em que não temos, e não há problema nenhum nisso. Ou, talvez, tenhamos desejo por nosso parceiro e por outras pessoas. Segundo a Dra. Diamond, isso é normal.
O sexólogo John Money estabeleceu o limite entre amor e desejo: "O amor existe acima da cintura, o desejo, abaixo. O amor é lírico. O desejo é obsceno."
Feromônios, aparência e nossa própria idéia do que buscamos em um parceiro também são fatores importantes para definir nossos desejos. Sem desejo, talvez nunca encontremos aquela pessoa especial. Mas, se por um lado, é o desejo que nos faz "procurar", é a nossa necessidade de romance que nos leva à atração.
Atração
Os sentimentos iniciais podem vir ou não do desejo, mas o que acontece se o relacionamento progredir é a atração. Quando a atração ou a paixão romântica entra em cena, é comum perdermos nossa capacidade de pensar racionalmente, pelo menos no que diz respeito à pessoa pela qual estamos atraídos. O velho ditado "o amor é cego" aplica-se a este estágio. Fazemos vista grossa a todos os defeitos dos nossos parceiros. Nós os idealizamos e não conseguimos tirá-los da cabeça. Essa devastadora preocupação e impulsividade fazem parte da nossa biologia. Vamos entender mais sobre os elementos químicos envolvidos na atração em A química do amor.
Nesse estágio, os parceiros passam muitas horas se conhecendo. Se a atração continuar forte, eles geralmente entram no terceiro estágio: a união.
Foto cedida por Morgue File |
A fase da união ou compromisso é o amor que dura. Vocês já passaram da fase do amor fantasioso e estão entrando no amor real. Esta fase do amor tem que ser muito forte para suportar uma série de desafios eproblemas. Estudos da pesquisadora Ellen Berscheid e seus colegas da Universidade de Minnesota mostram que quanto maisidealizamos a pessoa amada, mais forte é o relacionamento durante o estágio da união.
Psicólogos da Universidade do Texas, em Austin, também chegaram a essa conclusão. Eles descobriram que a idealização existe para manter as pessoas juntas e felizes em seus casamentos. "Geralmente a pessoa enxerga o parceiro através de um filtro, tornando-a melhor do que realmente é", diz Ted Hudson, que coordenou o estudo. "Pessoas que fazem isso tendem a permanecer em relacionamentos por mais tempo do que as que não fazem ou não conseguem fazer o mesmo".
As substâncias importantes nesta fase são a oxitocina, vasopressina eendorfina, que são liberadas quando fazemos sexo (falaremos sobre isso mais tarde).
Vamos conhecer um pouco sobre a química do amor.
Existem várias substâncias químicas correndo em seu sangue e em seu cérebro quando você está apaixonado. Os pesquisadores estão descobrindo, aos poucos, o papel que esses elementos exercem quando nos apaixonamos e quando estamos em relações mais duradouras. É claro que oestrogênio e a testosterona agem na questão sexual (veja Como funciona o sexo). Sem eles, nunca poderíamos nos aventurar no mundo do "amor verdadeiro".
A tontura inicial que surge quando estamos nos apaixonando inclui um aceleramento do coração, rubor na pele e umidade nas mãos. Os pesquisadores afirmam que isso ocorre por causa da dopamina, norepinefrina e feniletilamina que eliminamos. A dopamina é considerada o "elemento químico do prazer", que produz a sensação de felicidade. Anorepinefrina é semelhante à adrenalina e causa a aceleração do coração e a excitação. De acordo com Helen Fisher, antropóloga e pesquisadora do amor da Universidade Rutgers, estes dois elementos juntos causam elevação, energia intensa, falta de sono, paixão, perda de apetite e foco único. Ela também afirma que "O corpo humano lança o coquetel do êxtase do amor apenas quando encontramos certas condições e... os homens produzem esse coquetel com mais facilidade, por causa de sua natureza mais visual".
Os pesquisadores estão usando exames de ressonância magnética para analisar o cérebro das pessoas enquanto elas observam a fotografia de quem amam. Segundo Helen Fisher, famosa antropóloga e pesquisadora da Universidade Rutgers, o que eles vêem nessas imagens durante a fase "não-penso-em-outra-coisa" do amor - a fase da atração - é o direcionamento biológico de focar em uma única pessoa. As imagens mostraram um aumento no fluxo de sangue nas áreas do cérebro com altas concentrações de receptores de dopamina, substância associada aos estágios de euforia, paixão e vício. Os altos níveis de dopamina também estão associados à norepinefrina, que aumenta a atenção, memória de curto prazo, hiperatividade, falta de sono e comportamento orientado. Em outras palavras, casais nessa fase se concentram muito no relacionamento e deixam de lado todo o resto.
Outra possível explicação para o foco intenso e a idealização que ocorrem na fase da atração vem dos pesquisadores do University College, em Londres. Eles descobriram que as pessoas apaixonadas têm níveis mais baixos de serotonina e os circuitos nervosos associados à avaliação dos outros são reprimidos. Esses níveis mais baixos de serotonina são os mesmos encontrados em pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo, o que pode ser a explicação da obsessão que os apaixonados têm por seus parceiros.
No amor romântico, quando duas pessoas fazem sexo, a oxitocina é liberada, o que ajuda a unir os parceiros. Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, em São Francisco, o hormônio oxitocina está "associado à habilidade de manter relacionamentos interpessoais e laços psicológicos saudáveis com outros indivíduos". Quando é eliminada durante o orgasmo, ela começa a criar um laço emocional: quanto mais sexo, mais forte o laço. A oxitocina também está ligada aos laços afetivos entre mãe e filho, nas contrações uterinas durante o parto e na "descida" do leite para amamentação.
Vasopressina, um hormônio antidiurético, é outra substância associada à formação de relacionamentos duradouros e monogâmicos (veja "Estamos sozinhos no amor?). A Dra. Fisher acredita que a oxitocina e a vasopressina interferem nas reações químicas da dopamina e norepinefrina, o que pode explicar por que o amor romântico se apaga quando o relacionamento se fortalece.
Endorfinas, os analgésicos naturais, também são importantes nos relacionamentos duradouros. Elas produzem uma sensação de bem-estar, incluindo um sentimento de calma, paz e segurança. Assim como a dopamina e a norepinefrina, as endorfinas são eliminadas durante o sexo; elas também são liberadas durante o contato físico, exercícios físicos e outras atividades. De acordo com Michel Odent, do Primal Health Research Center, de Londres, as endorfinas induzem a uma "dependência semelhante à das drogas".
2002 FOX BROADCASTING Homer e Marge Simpson permanecem juntos semana após semana |
E quando aquele sentimento de euforia vai embora? Segundo Ted Huston, da Universidade do Texas, a velocidade em que a paquera evolui geralmente determina o sucesso do relacionamento. O que eles descobriram é que quanto mais longo otempo de paquera, mais forte será o relacionamento.
Os sentimentos de amor apaixonado acabam enfraquecendo com o passar do tempo. Estudos mostram que o amor apaixonado perde a força rapidamente e praticamente desaparece depois de 2 ou 3 anos. As substâncias responsáveis pelo sentimento de amor (adrenalina, dopamina, norepinefrina, feniletilamina, etc.) definham. De repente, seu parceiro começa a ter defeitos. Você fica se perguntando por que ele mudou. Na verdade, ele provavelmente não mudou nada; é você que agora consegue enxergá-lo racionalmente, sem o filtro dos hormônios do amor cego e apaixonado. Nessa fase, ou a relação é forte o suficiente para durar, ou termina.
Se o relacionamento prossegue, outros elementos químicos entram em cena. As endorfinas, por exemplo, ainda garantem a sensação de bem-estar e segurança. Além disso, a oxitocina ainda é eliminada quando você faz sexo, produzindo sentimentos de satisfação e união. A vasopressina também continua a agir.
Imagem cedida por USGS Arganaz-das-pradarias |
Apenas 3% dos mamíferos, além da espécie humana, formam relacionamentos "familiares". O arganaz-das-pradarias é um desses animais. Este arganaz se une pela vida toda e prefere passar o tempocom seu parceiro ao invés de encontrar outros arganazes. Alguns chegam ao extremo de evitar arganazes do sexo oposto.
Quando eles têm uma ninhada, o casal trabalha junto para cuidar dos filhotes. Eles passam horas cuidando um do outro ou apenas juntos. Já foram realizados estudos para tentar determinar a diferença química que pode explicar por que o arganaz-das-pradarias forma essa relação monogâmica e vitalícia, enquanto seu parente próximo, o arganaz-das-montanhas, não.
Segundo estudos de Larry Young, pesquisador de relacionamentos sociais da Universidade Emory, o que acontece é que, quando o arganaz-das-pradarias escolhe um parceiro, assim como os humanos, elimina os hormônios oxitocina e vasopressina. Como o arganaz-das-pradarias tem os receptores necessários para esses hormônios localizados no cérebro, na região da recompensa e reforço, ele forma uma união com seu parceiro. Essa união acontece com determinado arganaz com base no cheiro, que é mais ou menos como uma impressão digital. Aumentando ainda mais o reforço, entra a dopamina, que é lançada no centro de recompensa do cérebro quando os parceiros fazem sexo, fazendo com que a experiência seja agradável e eles queiram repetí-la. E graças à oxitocina e à vasopressina, eles querem fazer sexo com aquele mesmo arganaz.
Como o arganaz-das-montanhas não tem os receptores para a oxitocina e vasopressina em seu cérebro, estas substâncias não têm efeito nenhum, e eles continuam trocando de parceiro a cada noite. Fora esses receptores, as duas espécies de arganaz são quase iguais.
Para mais informações sobre amor, namoro e assuntos relacionados, acesse os links da próxima página.
beijo | |||
Ainda assim, antropólogos afirmam que 90% das pessoas no mundo beijam. A maioria das pessoas fica ansiosa pelo seu primeiro beijo romântico e lembra-se dele para o resto de sua vida. Os pais beijam seus filhos, devotos beijam artefatos religiosos e casais beijam-se. Há pessoas que beijam até o chão quando saem de um avião.
Então, como pode um gesto significar afeto, celebração, luto, conforto e respeito em todo o mundo?
Foto cedida por Jan Roger Johannesen/Stock.xchng Pesquisas sugerem que mães beijam seus bebês devido à maneira que mães da pré-história alimentavam suas crianças |
Já outros pesquisadores acreditam que o beijo é instintivo. Eles tomam comoexemplo o bonobo (espécie de macaco), que é relativamente próximo aos humanos, para fundamentar essa idéia. Os bonobos se beijam freqüentemente. Independentemente do sexo ou status em seu grupo social, se beijam para reduzir a tensão após as disputas, para se acalmarem, para desenvolver vínculos sociais e, às vezes, por nenhuma razão específica. Alguns pesquisadores acreditam que os beijos dos primatas provam que o desejo de beijar é instintivo.
Cortesia de Tom Jude/Stock.xchng Muitas espécies de animais exibem comportamentos semelhantes ao beijo |
Várias outras espécies animais têm comportamentos que se assemelham ao beijo. Muitos mamíferos lambem a face um do outro, pássaros tocam o bico um do outro e as lesmas tocam as antenas umas das outras. Em alguns casos, os animais estão cuidando um do outro e não se beijando. Em outros, eles estão farejando glândulas odoríferas localizadas na face ou na boca. De qualquer forma, quando animais se tocam dessa maneira, normalmente estão mostrando sinais de confiança e afeto ou desenvolvendo vínculos sociais.
O Brasil é um país constituído por várias regiões. Nessas regiões há uma diversidade cultural muito grande e interessante. Uma delas é a maneira de beijar ao cumprimentar alguém. Em algumas dessas regiões, as pessoas se cumprimentam dando 3 beijinhos no rosto; em outras 2 beijinhos e em outras, apenas 1. O complicado é quando pessoas de regiões diferentes se encontram! Provoca uma confusão! |
Os cientistas não concordam totalmente quanto ao fato do beijo ser aprendido ou ser instintivo. Há suporte para estes dois argumentos. Assim como há suporte para as teorias que defendem o porquê de as pessoas terem iniciado a prática do beijo.
Os efeitos do beijo
Pessoas em algumas culturas friccionam o nariz ou as bochechas um no outro em vez de se beijarem. Antropólogos afirmam que esse "beijo de esquimó" surgiu do fato das pessoas cheirarem o rosto uma das outras da mesma forma que os animais o fazem. |
Embora os pesquisadores não tenham certeza de como ou por que as pessoas começaram a se beijar, eles sabem que o beijo romântico afeta profundamente a maioria das pessoas. O Instituto Kinsey descreve a resposta de uma pessoa ao beijo como uma combinação de três fatores:
sua resposta psicológica depende do seu estado mental e emocional, bem como você se sente em relação à pessoa que estiver beijando. Sob o aspecto psicológico, beijar alguém que você deseja estimula sentimentos de vínculo e afeto. Mas se está beijando alguém de quem você não gosta, ou se for beijado contra sua vontade, sua resposta será completamente diferente;
seu corpo reage fisicamente ao fato de ser beijado. A maior parte das pessoas gosta de ser tocada e isso é parte da sua resposta corporal ao beijo. Mas o beijo também afeta todo o corpo, desde o fluxo sangüíneo até seu cérebro. Em uma seção posterior, examinaremos detalhadamente as reações biológicas do seu corpo ao beijo;
Foto cedida por Esther Seijmonsbergen/Arquivo.xchng O porquê e como as pessoas se beijam depende bastante de fatores psicológicos, biológicos e sociais |
Esses fatores têm uma função em todos os tipos de beijo, não somente nos românticos por natureza. Em outras palavras, quando uma mãe beija o machucado de seu filho para que ele se sinta melhor, os fatores psicológicos, biológicos e sociais desempenham um papel nas reações de ambos. O mesmo é válido quando amigos se beijam em um cumprimento, religiosos beijam seus símbolos ou irmãos se beijam e fazem as pazes após uma discussão. Embora alguns beijos sejam platônicos e outros sejam românticos, eles geralmente têm uma coisa em comum: são inspirados por sentimentos positivos e tendem a inspirar estes mesmos sentimentos.
Independente da idéia que as pessoas fazem do beijo ou o que ele significa para elas, os antropólogos têm quase certeza de que as pessoas começaram a se beijar há milhares de anos. A seguir, veremos a história do beijo mais detalhadamente.
Pesquisas modernas sugerem que os indivíduos pertencentes a praticamente todas as culturas do planeta se beijam. No entanto, antropólogos e etnológos citam algumas culturas na Ásia, na África e na América do Sul que não têm o hábito de beijar. Algumas delas vêem o beijo como algo desagradável ou repugnante. No entanto, outros pesquisadores apontam que essas sociedades encaram o beijo como algo muito particular para se discutir com estranhos. Em outras palavras, eles podem se beijar, mas não falam sobre isso.
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Foto cedida Amazon Esta pintura, chamada de "O Beijo," foi pintado por Francesco Hayez no século XIX. Antes disso, os beijos não apareciam com freqüência na arte ocidental. |
Os historiadores não sabem muito sobre a história inicial do beijo. Quatro textos em Sânscrito Védico, escritos na Índia por volta de 1500 a.C., parecem descrever pessoas se beijando. Isso não significa que ninguém tenha se beijado antes, nem que os indianos tenham sido os primeiros a se beijar. Os artistas e escritores podem ter considerado o beijo particular demais para ser descrito na arte ou literatura.
Após sua primeira menção por escrito, o beijo não apareceu muito na arte ou na literatura por algumas centenas de anos. O poema épico indiano "Mahabharata" descreve o beijo nos lábios como um sinal de afeto. O "Mahabharata" foi transmitido oralmente por milhares de anos antes de ser escrito e padronizado, em torno de 350 d.C. O texto religioso indiano "Vatsyayana Kamasutram", ou o "Kama Sutra", também descreve uma variedade de beijos. Ele foi escrito no século VI d.C. Os antropólogos que acreditam que o beijo é um comportamento aprendido afirmam que os gregos souberam sobre ele quando Alexandre, o Grande, invadiu a Índia em 326 a.C.
Não há muitos registros sobre os beijos no mundo ocidental até a época do Império Romano. Os romanos costumavam usar o beijo para cumprimentar amigos e familiares. Os cidadãos beijavam a mão do Imperador e, naturalmente, as pessoas beijavam seus parceiros. Os romanos tinham três categorias para o beijo:
Os romanos também iniciaram várias tradições relacionadas ao beijo que perduram até hoje. Na Roma antiga, os casais ficavam noivos beijando-se apaixonadamente na frente de um grupo de pessoas. Essa é, provavelmente, uma das razões pelas quais os casais modernos se beijam ao final de cerimônias de casamento. Além disso, embora a maioria das pessoas pense que somente cartas de amor são "seladas com um beijo", os beijos foram utilizados para selar contratos jurídicos e comerciais. Os antigos romanos também costumavam beijar como parte de suas campanhas políticas. No entanto, vários escândalos de "beijos por votos" na Inglaterra do século XVIII levaram, teoricamente, os candidatos a beijar somente jovens e idosos.
Foto cedida por Paul Anderson/MorgueFile O beijo no final de casamentos provavelmente teve sua origem nas tradições da Roma antiga |
O beijo também teve sua função nos primórdios da Igreja Cristã. Os cristãos com freqüência se cumprimentavam com umosculum pacis, ou beijo sagrado. De acordo com essa tradição, o beijo sagrado causava uma transferência de espírito entre as duas pessoas que se beijavam. A maioria dos pesquisadores acredita que o objetivo desse beijo era estabelecer vínculos familiares entre os membros da igreja e fortalecer a comunidade.
Até 1528, o beijo sagrado era parte da missa católica. No século XIII, a Igreja Católica o substituiu por um cumprimento de paz. A Reforma Protestante no século XVI removeu totalmente o beijo da prática protestante. Na verdade, o beijo sagrado não exercia uma função na prática católica religiosa moderna, embora alguns cristãos beijem símbolos religiosos, como o anel do Papa, por exemplo.
Embora, atualmente, poucos religiosos incorporem o beijo sagrado, o beijo ainda prevalece na cultura ocidental. Hoje em dia, as pessoas se beijam em várias situações por motivos diversos.
Mas nem todos os beijos são felizes. Obras da literatura como "Romeu e Julieta" descreveram beijos como "perigosos" ou "mortais" quando compartilhados com as pessoas erradas. Alguns estudiosos do folclore e críticos literários vêem o vampirismo como um símbolo dos perigos físicos e emocionais decorrentes de se beijar a pessoa errada.
Atualmente, a maioria das culturas em todo o mundo pratica o beijo, mas possui diferentes opiniões sobre quando e onde o beijo é apropriado. Nos anos 90, vários artigos na mídia relatavam uma tendência entre os jovens de beijar em público no Japão, um país onde o beijo tradicionalmente era visto como uma atividade privada.
Em seguida, analisaremos a anatomia e fisiologia envolvidas no beijo.
Um dos beijos mais famosos do mundo ocidental foi o beijo de Judas Iscariotes usado para trair Jesus antes da crucificação. Esse beijo teve forte influência sobre as práticas espirituais cristãs. Grupos da igreja logo omitiram o beijo sagrado, ou se abstiveram por completo de beijar na Quinta-Feira Santa. A Quinta-Feira Santa é a quinta antes da Páscoa e o dia utilizado para comemorar a Última Ceia, após a qual Judas traiu Jesus nos Jardins do Getsêmani. |
A maioria das pessoas pensa sobre o que deve fazer ao beijar outra pessoa, mas poucas refletem sobre todos os detalhes técnicos por trás dele. Não importa quem você está beijando ou por quê, o beijo depende de um músculo, o orbicular, que fica ao redor da parte exterior da sua boca. Seu orbicular é que modifica o formato de sua boca enquanto você fala e contrai seus lábios no momento do beijo.
Mas o orbicular, na verdade, é somente uma parte de todo um conjunto. Aproximadamente dois terços das pessoas inclinam a cabeça para a direita ao beijar. Os cientistas acreditam que essa preferência tenha se iniciado antes do nascimento, quando nossas cabeças estão do lado direito do útero. Portanto, os músculos da cabeça, pescoço e ombros inclinam a cabeça de forma que o nariz não colida com o nariz do parceiro
Além disso, os demais músculos no rosto e na cabeça também exercem sua função em um beijo mais envolvente. Por exemplo:
Os turistas que visitam a Irlanda param frequentemente no Castelo de Blarney, próximo a Cork, para beijar a pedra de Blarney. Dizem que beijar a pedra concede à pessoa que a beija o dom de agradar ou de eloqüência. Beijar a Pedra de Blarney exige muito mais do que somente mover os lábios. Para alcançá-la, as pessoas precisam deitar de costas, segurar-se em um apoio e inclinar a cabeça para trás até que estejam praticamente de cabeça para baixo. |
Qualquer pessoa que tenha beijado sabe que as sensações envolvidas não se limitam à boca. O nervo facial transmite impulsos entre o cérebro e os músculos, pele do rosto e língua. Enquanto você beija, ele transmite mensagens dos lábios, língua e rosto para océrebro para informar o que está acontecendo. O cérebro, por sua vez, responde ordenando que seu corpo produza:
Quando você beija, esses hormônios e neurotransmissores são distribuídos pelo corpo. Junto com a endorfinas, eles produzem a euforia que a maioria das pessoas sente durante um bom beijo. Além disso, sua freqüência cardíaca aumenta e os vasos sangüíneos se dilatam para que seu corpo receba mais oxigênio do que quando você está parado. Você também consegue sentir o cheiro da pessoa que está beijando. Os pesquisadores demonstraram que existe uma conexão entre o olfato e as emoções.
Seu corpo também pode interferir na escolha de quem você quer beijar. Pesquisadores comprovaram que mulheres preferem homens com proteínas do sistema imunológico diferentes das suas. Teoricamente, ter um bebê com alguém com proteínas imunológicas diferentes pode levar a uma prole mais saudável. Os cientistas acreditam que uma mulher pode sentir o cheiro dessas proteínas ao beijar e que isso afeta sua opinião quanto ao parceiro ser ou não atrativo.
Verifique os links na página seguinte para mais informações sobre o beijo, o corpo humano e assuntos relacionados.
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Do ponto de vista biológico, o objetivo do sexo é fundir dois grupos de informações genéticas, um da mãe e outro do pai, para formar um bebê que seja geneticamente diferente de seus pais.
Foto cedida pela Georgia Reproductive Specialists Óvulo fecundado |
Neste artigo, vamos explorar a biologia do sexo, também conhecida como reprodução humana. Vamos examinar os órgãos sexuais, os ciclos biológicos do sexo e os processos de fertilização.
O principal objetivo do sexo é unir o espermatozóide e o óvulo (é afertilização) para formar um bebê. Em muitos seres vivos, a fecundação ocorre fora do corpo. Por exemplo, na maioria dos peixes e anfíbios, as fêmeas colocam os óvulos em algum lugar (normalmente no mar/leito do rio), o macho se aproxima e solta os espermatozóides - desta forma ocorre afecundação externa.
Em répteis e mamíferos (inclusive seres humanos), a fecundação ocorre dentro do corpo da fêmea (fecundação interna). Esta técnica aumenta as chances de sucesso na reprodução. Pelo fato de usarmos fecundação interna, nossos órgãos sexuais são específicos para este fim. Vamos dar uma olhada com mais detalhes nos órgãos sexuais masculinos e femininos.
Olhando de fora, o homem tem dois órgãos sexuais perceptíveis, ostestículos e o pênis. Os testículos são os principais órgãos sexuais masculinos - e eles produzem espermatozóides e testosterona. O espermatozóide é a célula sexual masculina (gameta). Testosterona é o hormônio responsável pelas características sexuais secundárias masculinas, como pêlos faciais e pubianos, cordas vocais grossas emúsculos desenvolvidos.
Os testículos ficam na parte externa da região principal do corpo masculino, em uma bolsa chamada de escroto. Esta localização é importante, porque para os espermatozóides se desenvolverem corretamente eles devem ficar a uma temperatura um pouco mais baixa (entre 35 e 36º C) do que a temperatura normal do corpo (36,5º C).
O espermatozóide imaturo vai dos testículos até um tubo em espiral na superfície externa de cada um, chamado de epidídimo, onde amadurece em aproximadamente 20 dias. Ele sai do corpo através do pênis.
O pênis é feito de tecido macio e esponjoso (veja Como funciona o Viagrapara mais detalhes). Quando cheio de sangue durante a excitação e relação sexual, o tecido esponjoso endurece e faz com ele fique ereto, o que é importante para sua principal função: colocar o espermatozóide dentro da mulher.
órgãos sexuais masculinos |
Um último órgão masculino é um conjunto bem pequeno de glândulas, dotamanho de ervilhas, localizadas dentro do corpo, na base do pênis, chamadas de glândulas bulbouretrais ou glândulas de Cowper. Durante a excitação sexual, um pouquinho antes da ejeção do esperma (ejaculação), as glândulas de Cowper liberam uma quantidade minúscula de líquido que neutraliza qualquer sinal de acidez provocada pela urina que possa ter ficado na uretra. Acredita-se também que estas secreções servem para lubrificar o pênis e os órgãos sexuais femininos durante a relação sexual.
Os dois ovários são os maiores órgãos sexuais femininos, o equivalente aos testículos. Os ovários produzem os óvulos, ou ovócitos, que são os gametas femininos e produzem estrogênio, o hormônio sexual feminino. O estrogênio é responsável pelas características sexuais secundárias femininas, como pêlos pubianos, desenvolvimento dos seios, alargamento da bacia e depósito de gordura nos quadris e coxas. Os óvários estão localizados no abdômen.
órgãos sexuais femininos |
Os óvulos se desenvolvem dentro do ovário e são liberados pela ovulaçãodentro de uma espécie de tubo (o oviduto ou trompas de Falópio) revestido de projeções parecidas com dedos. Os óvulos passam pelas trompas de Falópio, onde ocorre a fecundação, indo para uma câmara de músculos chamada de útero.
A vagina conecta o útero ao exterior do corpo, e sua abertura é coberta pelos grandes lábios. Recebe o pênis durante a relação sexual e é por onde sai o bebê durante o nascimento. É normalmente estreita (exceto ao redor do cérvix), mas pode esticar durante a relação sexual e o parto.
Finalmente, dois conjuntos de glândulas, a glândula vestibular maior(glândula de Bartholin) e a glândula vestibular menor, estão localizadas em ambos os lados da vagina e drenam sua secreção nos grandes lábios. As secreções destas glândulas lubrificam as dobras labiais durante a excitação e a relação sexual.
Assim que começamos a nos desenvolver, temos dois conjuntos de órgãos: um que pode se desenvolver e dar origem aos órgãos sexuais femininos (dutos de Müller) e um que pode se desenvolver e dar origem aos órgãos sexuais masculinos (dutos de Wolff). O tipo de órgão sexual a ser desenvolvido depende da presença do hormônio masculino testosterona (em seres humanos, o sexo padrão é o feminino):
O desenvolvimento dos órgãos sexuais ocorre até o terceiro mês de desenvolvimento.
Agora, vamos dar uma olhada em alguns outros órgãos importantes para o funcionamento sexual dos seres humanos.
Embora não estejam localizados nos aparelhos reprodutores, dois outros órgãos são importantes para as funções sexuais em homens e mulheres:
A cada 90 minutos, as células nervosas liberam pequenas quantidades de GnRH, fazendo com que a hipófise libere pequenas quantidades de LH e FSH. Os hormônios sexuais dos testículos/ovários se comunicam com o hipotálamo e a glândula hipófise para regular a secreção de GnRH, LH e FSH. Esta interação é chamada de sistema de retroalimentação negativa (feedback negativo). A interação química entre o hipotálamo, a glândula hipófise e os testículos/ovários é importante para o desenvolvimento sexual, mantendo o funcionamento sexual e a reprodução. Um erro nesta interação química pode ser a causa da infertilidade.
A partir da puberdade, o homem produz células sexuais (na forma de espermatozóides) continuamente. Em contrapartida, assim que uma mulher nasce, ela já produziu todos os óvulos que deveria produzir por toda a vida. Quando chega na puberdade, os óvulos começam a se desenvolver e são liberados. Este processo continua até a menopausa. Em homens e mulheres, a produção de células sexuais envolve meiose, um tipo de divisão celular onde nossos dois grupos de instruções genéticas são reduzidos a um único grupo para a célula sexual.
Imagem cedida por U.S. DOE, Human Genome Project (Projeto Genoma Humano, esforço de pesquisa internacional para identificar e mapear todos os genes do DNA humano, iniciado em 1990) |
Cada célula em nosso corpo contém um conjunto de cromossomos de nossa mãe (seu óvulo) e de nosso pai (seu espermatozóide). Quando o corpo produz células sexuais (espermatozóides ou óvulos), ele deve reduzir o número de cromossomos pela metade para entrar nas células sexuais. Para fazer isso, ele combina aleatoriamente cromossomos de ambos os grupos em uma divisão celular e os reduz à metade em outra. Portanto, cada espermatozóide ou óvulo que nosso corpo produz é único e diferente, com uma combinação diferente dos genes de nossos pais. É por isso que dois irmãos na mesma família podem parecer e agir de forma totalmente diferente um do outro, mesmo vindo dos mesmos pais - tudo depende de quais genes (cromossomos) foram escolhidos na produção das células sexuais da mãe e do pai.
Lembre-se que, biologicamente, o principal objetivo da reprodução é combinar o espermatozóide com o óvulo para fazer um bebê. Com relação ao homem, a idade não é tão importante. Os homens produzem espermatozóides que podem fecundar um óvulo o tempo todo, desde o início da puberdade até a morte (há muitos casos de homens na casa dos 70 e 80 anos de idade que engravidam mulheres mais jovens). Em contrapartida, as mulheres liberam óvulos férteis desde a puberdade até os 40 ou ínício dos 50 anos de idade. Depois disso, seus ovários param de liberar óvulos e ocorrem várias mudanças bioquímicas e psicológicas que chamamos demenopausa.
Embora as mulheres possam gerar um bebê desde a puberdade até a menopausa, o momento da relação sexual é crucial para o sucesso da reprodução. As mulheres têm um ciclo de ovulação, ou ciclo menstrual, composto por mudanças hormonais e psicológicas complexas relacionadas ao momento da reprodução.
O cérebro do homem envia um impulso nervoso para os vasos sangüíneos em seu pênis e pede para as arteríolas se dilatarem e as vênulas se contraírem. O fluxo sangüíneo inunda o tecido esponjoso do pênis, fazendo com que ele fique ereto. Quando um casal tem uma relação sexual, o homem coloca seu pênis ereto dentro da vagina da mulher. Conforme a relação continua, o homem atinge um ponto em que contrações musculares no epidídimo, próstata e vesícula seminal lançam sêmen do pênis dentro da vagina (ejaculação), na base da cérvix uterina. Contrações musculares periódicas no corpo da mulher levam o sêmen até sua cérvix.
Uma vez que o sêmen é depositado na base do útero, os espermatozóides começam sua jornada para fertilizar o óvulo.
A longa jornada até a fecundação pode durar de 12 a 48 horas, antes que os espermatozóides morram. Eles têm que atravessar a barreira da cérvix, que vai estar fluida e aquosa se a mulher tiver acabado de ovular (consideraremos que a relação ocorreu algumas horas após a ovulação).
Uma vez que os espermatozóides atravessaram o muco cervical, eles sobem pela superfície interna do útero até as trompas de Falópio (apenas uma das trompas contém um óvulo - muitos espermatozóides vão para o lugar errado). Menos de mil espermatozóides, entre milhões, conseguem chegar até as trompas.
Muitos espermatozóides ficam ao redor do óvulo na trompa. A cabeça de cada espermatozóide (acrossomo) libera enzimas que começam a quebrar a camada gelatinosa externa da membrana do óvulo, tentando penetrar nele. Assim que um único espermatozóide penetra, a membrana muda suas características elétricas (despolariza-se). Esse sinal elétrico faz com que pequenas bolsas logo abaixo da membrana (grânulos corticais) joguem seu conteúdo no espaço que rodeia o óvulo. Este conteúdo incha, empurrando os outros espermatozóides para longe do óvulo (reação cortical). Os outros espermatozóides morrem em 48 horas. A reação cortical assegura que apenas um espermatozóide fecunde o óvulo.
Foto cedida pela Georgia Reproductive Specialists Óvulo fecundado, mostrando dois pró-núcleos começando a se dividir (esquerda) e uma célula dividida em 8 partes após 72 horas (direita) |
O ovo fecundado é agora chamado de zigoto. A despolarização causada pela penetração do espermatozóide resulta em um último ciclo de divisão no núcleo do óvulo, formando um pró-núcleo contendo apenas um grupo de informação genética. Os pró-núcleos de um óvulo se misturam com o núcleo de um espermatozóide. Assim que dois pró-núcleos se unem, a divisão celular se inicia.
O zigoto em divisão é empurrado pela trompa de Falópio. Até mais ou menos quatro dias após a fecundação, o zigoto tem aproximadamente 100 células e é chamado de blástula ou blastocisto. Quando a blástula chega à parede interna do útero, flutua por uns dois dias e finalmente implanta-se na parede uterina até o sexto dia após a fecundação. Agora que está nesta posição, ele libera gonadotrofina coriônica, que sinaliza que uma gravidez se inicia.
A blástula continua a se desenvolver no útero por nove meses. Conforme o bebê vai crescendo, o útero estica até o tamanho de uma bola de basquete.
Além disso, as duas células filhas que permanecem após um óvulo fecundado ter passado pela primeira divisão podem se separar e se dividir independentemente. Quando isso acontece, elas permanecem ligadas livremente na trompa de Falópio, e as duas blástulas se fixam juntas na parede uterina. Elas se desenvolvem como dois embriões separados. Pelo fato desses embriões terem vindo do mesmo óvulo fecundado, dividem material genético idêntico e são chamados de gêmeos idênticos (ouunivitelinos).
Como podemos ver pelo processo de reprodução, existem várias formas de evitar a união do espermatozóide e do óvulo. Esses métodos decontracepção se encaixam nas seguintes categorias:
A atividade sexual oferece certos riscos de doenças causadas por:
Para aqueles que sofrem de dores debilitantes ou de uma condição que os médicos não sabem como tratar, a medicina alternativa pode oferecer alguma forma de alívio ou simplesmente ajudar pacientes a lidar com osproblemas de saúde que mudam suas vidas. Até mesmo pessoas saudáveis podem participar em práticas como yôga, homeopatia ou acupuntura para tentar gerenciar sua saúde mais holisticamente ou evitar substâncias químicas usadas nas drogas padrão.
© Stills / iStockphoto A cura com as mãos, conhecida como Reiki, é um dos tratamentos alternativos procurados como complemento do tradicional |
Aproximadamente quatro de dez adultos nos EUA usam alguma forma de medicina complementar ou alternativa (também chamada de CAM), A maioria deles se baseia no cuidado alternativos nos tratamentos holísticos e nas práticas corpo/mente para suplementar, não substituir, os cuidadosocidentais tradicionais e os programas de tratamento estabelecidos.
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Antes de você se engajar em qualquer forma de tratamento de medicina alternativa, lembre-se de que a medicina convencional normalmente está apoiada em padrões comprovados de eficácia e segurança. Só porque alguma coisa é natural ou holística não significa que ela não pode causar danos à sua saúde ou ao seu bem-estar.
Converse com seu médico sobre tratamentos alternativos e sobre a melhor maneira de utilizá-los nos cuidados da sua saúde. Se seu médico for ortodoxo e não acreditar nesse tipo de tratamento, pesquise o tema e peça aos indicações aos amigos. Nas próximas páginas você vai conhecer quais são os dez tratamentos alternativos mais populares.
Se a ingestão de uma pequena quantidade de substância pode produzir uma série de sintomas em uma pessoa saudável, essa mesma substância podeira ser usada para tratar esses sintomas em alguém sofrendo de uma doença? Praticantes da medicina homeopática acreditam que sim, e aproximadamente 2% da população dos EUA se baseia nesse método tradicional decuidados com a saúde para tratar e prevenir doenças [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine].
Desenvolvida na Alemanha há mais de dois séculos, a homeopatia está baseada na ideia de que "semelhante cura semelhante", o que significa que substâncias que podem adoecê-lo também podem ajudá-lo a ficar bem.
Praticantes da homeopatia analisam os pacientes como indivíduos, e então prescrevem uma variedade de pílulas para levar o corpo ao equilíbrio e livrá-lo da doença. As doses são infinitamente pequenas, e incluem muitos remédios à base de ervas e plantas, bem como yôga, meditação e outras práticas tradicionais.
Essas doses minúsculas representam um dos maiores problemas para os pesquisadores quando se trata de avaliar a eficácia do tratamento homeopático. Não apenas é difícil mediar e observar dose tão pequena, como os tratamentos individualizados usados na homeopatia tornam difícil gerar estatísticas significativas. Indícios casuais sugerem que a homeopatia pode ajudar a tratar diarreia, alergias, asma e vertigem, mas existem poucas evidências científicas para suportar essas afirmações [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine].
O hipnotizador guia um paciente para um estado de consciência alterado e então faz sugestões sutis para ajudá-lo a melhorar sua saúde e bem-estar. A hipnose há muito é usada para ajudar pacientes a parar de fumar, perder peso e tratar a insônia [fonte: Universidade de Minnesota]. A hipnose também se mostra promissora no alívio do estresse, no gerenciamento de dores, nas dores de cabeça, nas dores de dente e no parto. Embora os cientistas saibam pouco sobre como a hipnose funciona, estudos mostraram que a hipnose cria uma reação biológica dentro do corpo, incluindo estimulo do sistemanervoso [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine].
Uma advertência para ter em mente é que estudos sugerem que a hipnose não funciona para todo mundo. Alguns praticantes acreditam que pacientes com uma mente aberta para o tratamento experimentam resultados mais mensuráveis, e outros sentem simplesmente que não há como saber de que maneira a hipnose vai afetá-lo ou não [fonte: Oregon Health and Science University].
Se você já alongou e relaxou seus músculos em uma aula de yôga, deve ter notado uma melhora na sua flexibilidade e circulação. Mas você sabia que a yôga também oferece benefícios substanciais à saúde? Estudos mostram que a prática regular de yôga reduz o estresse, abranda a depressão e ajuda a controlar a pressão alta e os sintomas da diabetes. Ela também ajuda a reduzir inflamações, o que pode melhorar os sintomas da asma, aliviar dores nas costas e até manter seu coração mais saudável ao com o tempo [fonte: Ohio State University]. Considerando o valor dos tratamentos médicos tradicionais - seja via planos de saúde, seja via particular -, a yôga vem com preço relativamente baixo (duas aulas por semana variam de R$ 100 a R$ 200 por mês) e poucos riscos e é acessível para mais pessoas.
A yôga é praticada em quase todo o mundo. Só nos EUA, 7% da população é adepta dessa prática milenar. A yôga combina posturas físicas e alongamento com respiração de relaxamento e meditação, ajudando a unir corpo, mente e espírito para o máximo da saúde.
Mas antes de engajar em um dos diferentes tipos de yôga, pergunte ao seu instrutor qual deles é melhor indicado para o seu problema de saúde.
Visualização, ou imagem guiada, é uma prática que está ganhando terreno para os pacientes de câncer, vítimas de derrame e aqueles que sofrem de ansiedade e estresse. Os médicos levam o paciente a se focar em uma imagem específica ou conceito para melhorar a conexão entre a mente e o corpo. Em estudos médicos, o escaneamento do cérebro dos pacientes que seguem essa prática mostra que a visualizar umaatividade promove a mesma atividade no cérebro que desempenhar a atividade de verdade. Isso fornece forte evidência para o uso das imagens guiadas para ajudar pacientes de derrame a reaprender ações básicas, ou tratar pacientes sofrendo de distúrbio de estresse pós-traumático. Pesquisadores também esperam que as técnicas de visualização possam tornar o processo de tratamento de câncer mais fácil para pacientes e ajudar a lidar com um número de condições psicológicas e relacionadas ao estresse.
Melhor de tudo, as imagens guiadas representam pouco a nenhum risco para a maioria dos pacientes, e a técnica pode ser praticada quase em qualquer lugar, o que a torna acessível ao grande público.
Há milhares de anos, as pessoas na Índia confiam na antiga prática da Aiurveda para prevenir e tratar doenças. Os médicos aiurvédicos usam ervas, dieta, respiração, massagem e meditação para tratar o ser como um todo e restabelecer o equilíbrio do corpo. Eles se focam na manutenção de um prana saudável, ou energia de vida, que compartilha muitas característica com o qi (lê-se tchi) da medicina chinesa. Acredita-se que um prana administrado de forma deficiente pode causar doença, e essa doença pode apenas ser tratada pelo realinhamento da mente, do corpo e do espírito para o reequilíbrio do prana.
Na maior parte, a aiurveda é uma pratica relativamente segura, e se mostra promissora como uma forma de estimular a memória e o foco [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine]. Contudo, os praticantes devem ser avisados que não há evidências científicas para apoiar a maioria das afirmações associadas à aiurveda, e que alguns suplementos usados nessa prática podem ser perigosos. Nos EUA, por exemplo, o FDA (Food and Drugs Administration) alerta para o metal pesado contido em alguns remédios fitoterápicos, e outros suplementos naturais podem interferir com medicações usados para tratar da pressão sanguínea e de outras condições.
A massagem se tornou uma parte importante no estilo de vida moderno, mas poucos a reconhecem como um tratamentomédico legítimo. Durante uma massagem, os terapeutas manipulam os músculos para diminuir dor e tensão, mas alguns tipos de massagem também podem ajudar a melhorar uma variedade de outras condições de saúde. Um estudo da Universidade de Miami mostrou função imunológica melhorada em pacientes com HIV após terapia de massagem [fonte: National Institutes of Health]. Certos tipos de massagem também suavizam os sintomas do tratamento de câncer e ajudam a reduzir dores severas da fibromialgia [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine]. Para atletas profissionais e guerreiros de fim-de-semana, a massagem esportiva alivia dores musculares, acelera a recuperação e podem até melhorar o desempenho.
Estudos mostram que certos tipos de massagem melhoram o sistemaimunológico, atenuam os sintomas de tratamento do câncer e ajudam a aliviar dores graves da fibromialgia
Poucos médicos associam a massagem a qualquer risco sério à saúde, embora a massagem muito intensa possa causar dor e desconforto.
Além de aliviar o estresse, a meditação pode melhorar a concentração e reduzir os efeitos dos sintomas do distúrbio de déficit de atenção
Os quiropráticos alinham ossos, juntas, músculos e a coluna para melhorar a saúde e aliviar dores. Estudos científicos bem-estabelecidos apoiam o uso da manipulação da coluna para tratar dores nas costas e no pescoço, mas não existem evidências que mostrem que essa prática pode efetivamente tratar dores de cabeça, asma ou outras condições.
A manipulação da coluna, ou quiropraxia, alinha ossos, juntas, músculos e a espinha para ajudar a aliviar dores
Para uma abordagem mais holística, considere a manipulação vertebral osteopática. Médicos nesse campo combinam técnicas da quiropraxia tradicional com técnicas homeopáticas para tratar todo o corpo. Apesar de poucas evidências para apoiar esse campo da medicina, alguns pacientes o consideram um método apropriado de tratamento.
Embora a manipulação da coluna seja normalmente segura, ela não pode substituir o tratamento médicoregular para a vasta maioria dos pacientes. Ela também representa uma sério risco para pacientes de derrames ou para aqueles com danos arteriais ou relacionados aos nervos. Alguns médicos até alertam que optar pela manipulação da coluna para dor pode levar os pacientes a não perceber os sinais de doenças sérias, como câncer [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine].
Muitos dos suplementos vitamínicos e nutricionais que você toma diariamente têm raízes na antiga medicina chinesa ou outros tratamentos médicos alternativos. Embora a maioria dos suplementos não seja regulamentado pelas agências de saúde, alguns estudos científicos sérios suportam o uso de muitos remédios fitoterápicos. Por exemplo, está provado que o óleo de peixe reduz o risco de doenças do coração, e também pode ajudar a tratar de artrite e depressão [fonte: National Institutes of Health]. O alho pode reduzir o risco de câncer ou doenças do coração e ajudar a baixar o colesterol, e o ginseng oferece benefícios importantes para pacientes cardíacos e àqueles sofrendo de depressão [fonte: Mayo Clinic Book of Alternative Medicine]. Milhares de outros suplementos fitoterápicos também podem oferecer alguns benefícios, mas os resultados são menos confiáveis para a maioria.
As ervas medicinais são amplamente usadas para combater e prevenir doenças como artrite, infecções e alergias
Apesar da falta de evidência clínica para alguns remédios fitoterápicos, suplementos naturais são o mais amplamente usado tratamento alternativo em todo o mundo. Contudo esse uso difundido não significa necessariamente que esses suplementos sejam seguros para o consumo. Alguns contêm toxinas perigosas, como chumbo ou mercúrio, e outros podem interagir com medicações que o paciente esteja tomando. Vários remédios fitoterápicos são absolutamente perigosos, e representam um risco grave de ataque do coração, derrame e até morte. Converse com seumédico antes de tentar qualquer produto para a saúde e procure por suplementos apoiados por pesquisas científicas respeitáveis, e não por discursos de marketing e testemunhos sem valor real.
A acupuntura data de milhares de anos atrás na China e em outras nações asiáticas, mas apenas recentemente ganhou terreno como uma prática médica estabelecida em outras partes do mundo. Acupunturistas treinados usam agulhas pequenas e finas para manipular o fluxo de energia natural do corpo, ou qi(pronuncia-se tchi).Ao inserir essas agulhas em mais de 400 pontos específicos do corpo, o acupunturista pode redirecionar o qi para curar ou prevenir certas condições médicas. Se você preferir seu qi equilibrado sem as agulhas, tente a acupressão, ou do-in, que se baseia na massagem, ou pressão, em vez de na penetração.
A Organização Mundial da Saúde apoia o uso da acupuntura para o tratamento de mais de 28 condições médicas, incluindo dores e distúrbios respiratórios e digestivos. A Clínica Mayo também recomenda a acupuntura para pacientes sofrendo de fibromialgia, náusea, dor nas costas ou dores de cabeça. Hoje, mais de 3 milhões de pessoas nos EUA usam acupuntura, e muitas organizações médicas renomadas reconhecem essa prática para tratar algumas doenças. Apesar de ser praticada no Brasil desde 1958, somente em 2006 a acupuntura foi reconhecida como tratamento complementar e passou a ser aplicada no Sistema Único de Saúde.
A acupuntura pode tratar, por meio da estimulação dos campos energéticos do corpo, praticamente todas as doenças
A maioria dos defensores da acupuntura recomenda equilibrar acupuntura e medicina ocidental tradicional para aproveitar cuidados médicos mais completos. Também é importante reconhecer as limitações da acupuntura e entender que nem todos os problemas de saúde podem ser tratados com sucesso com esse tipo de medicina alternativa.
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